O que é Bitcoin já deixou de ser uma novidade há muito tempo. Com mais de 12 anos desde o lançamento de seu whitepaper, e há quase 11 anos funcionando plenamente, a criptomoeda já possui certa fama. Desde nerds até gestores de fundos, todos já tiveram algum contato mínimo com o tema Bitcoin.
Entretanto, ter contato é diferente de conhecer profundamente o Bitcoin. Como toda tecnologia com pouco tempo de existência, o Bitcoin ainda desperta dúvidas. Muitas pessoas não sabem como utilizar o BTC. Outras não sabem as formas mais seguras de armazená-lo. Ainda há quem critique o Bitcoin por “falhas” que não são características exclusivas da criptomoeda.
O CriptoFácil tem uma lista completa de conteúdos a respeito de criptomoedas. E para facilitar ainda mais as buscas, foi feita uma lista com as 10 dúvidas mais comuns sobre o Bitcoin. E claro, elas são acompanhadas de todas as respostas. Das dúvidas mais básicas até os assuntos mais complexos, eis a lista que será neste texto:
O Bitcoin é uma moeda digital, também conhecida como criptomoeda. Ele funciona da mesma forma que o euro, dólar, iene ou outras moedas fiduciárias. No entanto, o Bitcoin existe puramente no meio digital, ou seja, não existem moedas físicas ou cédulas de Bitcoin. Ele pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo, a qualquer horário, para fazer transações de qualquer valor.
Diferentemente das moedas fiduciárias, o Bitcoin não possui nenhum governo, banco ou autoridade central como controlador. A emissão de novos Bitcoins é feita por meio de um software livre e descentralizado. A programação deste software já é estabelecida e não pode ser controlada por nenhuma pessoa ou governo.
Outra diferença do Bitcoin para as moedas fiduciárias é sua oferta fixa. Governos podem imprimir dinheiro praticamente sem limites. No entanto, a oferta de Bitcoins é de apenas 21 milhões, e não pode ser aumentada por ninguém. Ele também é livre de censura e ninguém pode bloquear o uso dos Bitcoins de outra pessoa.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, comprar e vender Bitcoin não é tão difícil. A atividade é perfeitamente legalizada no Brasil, inclusive com a presença de muitas empresas nesse setor. Por isso, as opções para negociar BTC no Brasil são bastantes diversas. Dentre elas, três se destacam:
Embora não seja uma moeda amplamente aceita, o Bitcoin possui diversas utilidades. Afinal, seu valor não cresceria mais de 100.000% em 10 anos se ele fosse algo inútil. Hoje em dia é possível adquirir diversos bens e serviços em troca de Bitcoin, utilizando-o como moeda corrente.
Ele também serve como uma opção para diversificar um portfólio de investimentos. E principalmente, o BTC serve como uma ferramenta de proteção contra crises. Em países como Argentina ou Venezuela, a criptomoeda tornou-se muito utilizada como uma fuga contra a desvalorização das moedas locais.
O Bitcoin é negociado livremente, num mercado que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, a oferta do Bitcoin já está dada: só existirão 21 milhões de unidades. Por maior que seja a demanda futura pela criptomoeda, esse número não aumentará.
Dessa forma, não existe qualquer controle em seu preço além da lei da oferta e da demanda. Quanto maior for a demanda, maior será o preço do BTC. Esse aumento pode ocorrer tanto pela entrada de novos investidores quanto pela adoção do Bitcoin como moeda ou investimento.
Quanto custa um Bitcoin é uma questão que varia de acordo com sua cotação. Tendo em vista que o mercado de criptomoedas não fecha, como a bolsa de valores, o preço do BTC pode variar frequentemente. A cotação do BTC não impacta em quanto vale um Bitcoin, uma vez que valor não é o mesmo que preço. Desta forma, é importante diferenciar:
A questão do suposto “lastro” do Bitcoin ainda é muito utilizada para criticar o seu sucesso. “Ah, mas o Bitcoin não tem lastro em nada, portanto não tem valor!”, alegam os críticos. A resposta é que o conceito de “lastro” parece ser pouco entendido pelas pessoas.
Em economia, o conceito de lastro é utilizado para determinar o valor real das moedas. Originalmente, todas as moedas possuíam lastro em ouro, então o valor delas era determinado em gramas de ouro. Porém, esse lastro acabou em 15 de agosto de 1971, quando os Estados Unidos abandonaram o padrão-ouro.
Desde então, economistas afirmam que o lastro das moedas é a economia dos países. Na prática, porém, elas não possuem lastro. Por isso os governos podem imprimir dinheiro livremente, pois não precisam mais se preocupar com ouro. E quanto ao BTC, sua oferta é determinada pelo próprio software, o que o torna escasso por natureza, ao contrário das moedas governamentais. O BTC realmente não tem lastro, pois não precisa de um.
Saber como guardar seus Bitcoins é tão importante quanto comprá-los. As carteiras de criptomoedas são os dispositivos mais conhecidos para quem deseja armazenar seus Bitcoins com segurança. E saber escolher qual o melhor tipo de carteira depende de como você vai usá-la. Existem três tipos de carteiras:
Satoshi Nakamoto é reverenciado por todos os entusiastas do Bitcoin. Ele é o nome por trás do criador – ou criadores – do Bitcoin. Ele foi o responsável pelo lançamento do whitepaper do BTC em outubro de 2008 e pelo lançamento da criptomoeda em janeiro de 2009. Satoshi continuou ativo na comunidade até 2010, quando desapareceu para sempre.
Até hoje a identidade por trás do nome nunca foi descoberta. Não se sabe sequer se o nome é verdadeiro ou se é um pseudônimo. Ao longo desses quase 12 anos surgiram muitas especulações sobre quem seria Satoshi, mas nenhuma delas se provou verdadeira. Para muitos, essa é a maior prova de força do Bitcoin: sobreviver sem precisar de seu criador.
Como vimos, o Bitcoin possui uma oferta fixa de 21 milhões. No entanto, esses Bitcoins todos ainda não estão circulando por aí. Eles são emitidos aos poucos, através de um processo que ficou conhecido como mineração de BTC.
Ao contrário do nome, a mineração de BTC não envolve escavar na terra, mas sim resolver códigos criptográficos altamente complexos. Essas resoluções são feitas por computadores específicos. Quando um encontra a solução, diz-se que ele “encontrou um bloco.” Como incentivo, ele recebe uma quantidade de Bitcoins por bloco minerado.
Halving é uma palavra que significa “cortar pela metade.” Na mineração, cada bloco minerado recompensa seu descobridor com uma quantidade de Bitcoins. No entanto, essa quantidade é cortada pela metade a cada 210 mil blocos minerados (cerca de 4 anos).
No início do Bitcoin, a recompensa da mineração era de 50 Bitcoins por bloco. Atualmente, a recompensa é de 6,25 Bitcoins. Desde o seu surgimento o BTC já passou por três halvings diferentes. Esse processo serve para reduzir a quantidade de novos Bitcoins distribuídos ao longo do tempo e é bastante importante para a evolução no preço do Bitcoin.
Desde o seu surgimento, a evolução no preço do BTC é bastante significativa. Nos últimos três anos, o crescimento no preço foi praticamente exponencial. No entanto, muitas pessoas ainda se perguntam se vale a pena investir, ou mesmo se a melhor hora de comprar já passou.
Por um lado, o Bitcoin ainda está nos seus estágios iniciais, e o crescimento do mercado ainda revela muito potencial oculto. Por outro, ele ainda é um ativo bastante arriscado, pois possui uma alta volatilidade. Quem investir pensando no curto prazo poderá ter algumas perdas se for impaciente.
Se você possui um bom planejamento, tem paciência e não busca por promessas de ganho fácil, a resposta é sim. O BTC tem muito potencial para servir como um complemento ao seu portfólio de investimentos. Se você pretende investir em Bitcoin, aqui vão algumas dicas para ajudá-lo:
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