Duas novidades agitaram o mercado de finanças descentralizadas (DeFi) nas últimas 48 horas. O primeiro deles foi a Aave, que passou a Maker em valor alocado.
A Aave agora detém 21% de dominância neste mercado, com US$ 1,5 bilhão (R$ 8,2 bilhões).
O segundo fato foi o novo recorde. Os protocolos DeFi alcançaram a impressionante marca de US$ 7 bilhões (R$ 38 bilhões) em valor alocado. Os dados foram coletados no site DeFi Pulse.
A Aave já tinha ganhado destaque na semana passada. Seu rápido crescimento a fez se tornar o segundo protocolo a superar US$ 1 bilhão em valor alocado.
O crescimento das DeFi atingiu níveis exponenciais. No dia 10 de agosto, o mercado possuía cerca de US$ 4 bilhões (R$ 22 bilhões) em valor alocado. Foram necessárias apenas duas semanas para esse número quase dobrar.
Caso a taxa atual de crescimento continue, as DeFi logo atingirão dois dígitos. A expectativa é que, mantidas as atuais taxas, o valor alocado atinja mais de US$ 27 bilhões (R$ 148 bilhões) até o final de 2020.
A trajetória de crescimento agressivo do DeFi é significativa. Além disso, novos protocolos interromperam domínio de longa data da Maker sobre o mercado. Mas nem tudo é positivo.
Por exemplo, ainda existe muita concentração em poucos projetos. Atualmente, o DeFi Pulse registra 40 protocolos DeFi em atividade.
Além do Aave, apenas MakerDAO (US$ 1,42 bilhão) e Curve Finance (US$ 1,15 bilhão) possuem mais de US$ 1 bilhão alocados. Temos ainda YEarn Finance (US$ 845 milhões) Synthetic (US$ 851 milhões) e Compound (US$ 797 milhões).
No total, 90% do valor bloqueado está concentrado apenas nestes seis projetos. Nenhum dos outros 34 protocolos consegue superar os US$ 500 milhões em valor alocado.
A alta concentração pode trazer riscos ao ecossistema como um todo. Recentemente, o CriptoFácil anunciou o colapso do protocolo YAM, que entrou em colapso e lesou diversos investidores. As perdas chegaram a US$ 750 mil (R$ 4,1 milhões).
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