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Segunda maior bolsa da Alemanha começa a vender títulos baseados em Ripple e Litecoin

A segunda maior bolsa de valores da Alemanha, a Boerse Stuttgart, anunciou que a partir deste mês passará a negociar ETNs de Ripple e Litecoin. A empresa revelou que sua “entrada” no ecossistema das criptomoedas foi possível por meio de uma parceria com a empresa sueca XBT Provider, que está emitindo quatro títulos que acompanharão o preço do XRP e do LTC em relação ao euro e à coroa sueca, com todos os quatro disponíveis para compra e venda na bolsa.

Embora a sigla possa lembrar o ETF, os ETNs são títulos de dívida não garantidos negociados em bolsas de valores. Tais produtos permitem que os investidores ganhem exposição à uma determinada classes de ativos sem realmente comprá-la diretamente.

“Há muito interesse em criptomoedas”, disse Jürgen Dietrich, diretor de comércio de blue chips e fundos na Boerse Stuttgart.

Para Dietrich, esses ETNs permitirão que os investidores na Alemanha acompanhem “a evolução futura dos preços” das duas criptomoedas “pela primeira vez”. Ainda segundo ele, as notas já estão sendo negociadas na Suécia, na subsidiária integral da Boerse Stuttgart, Nordic Growth Market, desde abril.

Enquanto em todo o mundo o interesse das bolsas de valores por criptomoedas tem aumentado, no Brasil, a B3 não gosta de comentar o tema. O CriptoFácil tentou contato com a bolsa de valores nacional para saber se havia algum plano ou discussão interna sobre a inclusão ou lançamento de produtos baseados em criptoativos e, em todos os contatos, a companhia declarou que não iria comentar o assunto.

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No entanto, em 2017, próximo ao topo histórico do Bitcoin e na esteira do lançamento do Futuro de Bitcoin pela CME e pela CBOE, Gilson Finkelsztain, que é o atual presidente da B3, disse que o produto com o criptoativo estava no radar da companhia e que, inclusive, já havia investidores interessados.

“Isso vai entrar na agenda. Eu não decidi se vamos desenvolver aqui, se vai ter algum índice, mas é inevitável que a gente seja sensível a essa demanda dos investidores”, afirmou na época.

Enquanto reluta em ingressar no campo das criptomoedas, a B3 abraça a tecnologia blockcahin e juntou-se ao Bradesco e ao consórcio R3 para desenvolver uma plataforma com blockchain inédita no mercado financeiro e de capitais, que tem como objetivo simplificar o registro de CDBs (certificado de depósito bancário – um título que os bancos emitem para se capitalizar e financiar suas atividades), além de ampliar a eficiência dos processos existentes e proporcionar inovações tecnológicas. A plataforma, que já foi concebida pelo Bradesco dentro do seu hub de inovação, o inovaBra, será também aberta para a participação de outras instituições financeiras e fintechs. A B3 ainda fará os últimos ajustes para apresentar o projeto ao Banco Central.

Leia também: Bolsa brasileira quer inovar com blockchain e futuros de Bitcoin mas ainda não sabe como

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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