A B3, bolsa de valores do Brasil, uniu-se ao Bradesco e ao consórcio R3 para desenvolver uma plataforma em blockchain inédita no mercado financeiro e de capitais, que tem como objetivo simplificar o registro de CDBs (certificado de depósito bancário – um título que os bancos emitem para se capitalizar e financiar suas atividades), além de ampliar a eficiência dos processos existentes e proporcionar inovações tecnológicas.
A plataforma, que já foi concebida pelo Bradesco dentro do seu hub de inovação, o inovaBra, será também aberta para a participação de outras instituições financeiras e fintechs. A B3 ainda fará os últimos ajustes para apresentar o projeto ao Banco Central (BC).
“Iniciativas como essa reforçam a atuação da B3 junto aos seus clientes na busca por soluções que aprimorem a infraestrutura do mercado e facilitem a execução das atividades no dia a dia”, disse a B3 ao jornal Valor Econômico.
Porém, seu presidente, Luiz Carlos Trabuco, tenha se mostrado, por vezes, cético em relação ao Bitcoin. “É uma moeda sem lastro, mas é uma quebra de paradigmas. O mercado ainda está em uma curva de aprendizagem em relação à essa moeda”. Como mostrou o Criptomoedas Fácil, o Bradesco é um dos principais bancos nacionais a promover avanços na transformação digital, uso e incentivo da inovação com base em blockchain.
Recentemente, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, fez questão de salientar que a tecnologia blockchain veio para ficar. “A blockchain é bastante poderosa e veio para ficar. É uma inovação na qual já investimos em alguns projetos, ao lado de bancos”, disse Finkelsztain, salientando que acredita também que os atuais desenvolvimentos da tecnologia ainda não permitiram a criação de um concorrente “real” para o mercado financeiro tradicional e em especial não representa um risco para a B3.