Nesta semana, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) anunciou que uma de suas metas para os próximos anos é sofisticar o mercado e lançar novos produtos, de acordo com uma reportagem do jornal Valor Econômico.
No foco da empresa, atualmente, 45 produtos aguardam o momento ideal para serem lançados, disse Gilson Finkelsztain, presidente da companhia, em um evento que ocorreu nesta quinta-feira, 25 de outubro, na Casa do Saber, em São Paulo.
Para o executivo, avaliando como se dará o crescimento do Brasil, a bolsa precisará desenvolver novas atividades para atender o mercado nesse novo cenário. “Já construímos as avenidas, a infraestrutura. A gente espera que o Brasil cresça e agora a gente precisa lançar produtos”, afirmou, destacando que embora a blockchain esteja no radar dos novos produtos da empresa, a tecnologia ainda busca por um problema para resolver. “É uma solução em busca de um problema”, disse o presidente, afirmando que “não há um exemplo muito claro de que há uma transferência das plataformas [tradicionais] para blockchain”.
“No ambiente de bolsa, pelo menos, ainda não é testado e comprovado que a tecnologia tenha aplicabilidade. Mas isso está em constante evolução e temos projetos pilotos dentro da companhia usando blockchain”, disse Finkelsztain, reforçando que a aplicação de blockchain pode ser viável “em mercados não organizados onde a informação é totalmente pública e pode ser descentralizado”.
No entanto, a declaração do presidente contrasta, como mostrou o Criptomoedas Fácil, com um anúncio recente da próprio bolsa, que juntou-se ao Bradesco e ao consórcio R3 para desenvolver uma plataforma em blockchain que tem como objetivo simplificar o registro de CDBs (certificado de depósito bancário – um título que os bancos emitem para se capitalizar e financiar suas atividades), além de ampliar a eficiência dos processos existentes e proporcionar inovações tecnológicas.
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Além de blockchain, a B3 também estuda o mercado Futuro de Bitcoin. Durante o rali histórico do BTC em dezembro de 2017, o presidente da bolsa nacional chegou a afirmar que poderia lançar este tipo de negociação e que, inclusive, já havia investidores interessados.
“Isso [Bitcoin futuro] vai entrar na agenda. Eu não decidi se vamos desenvolver aqui, se vai ter algum índice, mas é inevitável que a gente seja sensível à essa demanda dos investidores. A moeda digital vai ser uma realidade. É questão de tempo para os bancos centrais normatizarem”, disse.