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RWA: conheça os tokens que representam ativos reais em blockchain

Em meio ao caos geral pelos Ordinals e pelas memecoins, um outro tipo de token começou a ganhar destaque no mercado de criptomoedas. Trata-se dos tokens RWA, que possuem um “valor intrínseco” muito maior do que memes.

RWA é a sigla para “Real Assets Tokens”, ou Tokens de Ativos Reais (tradução livre). De acordo com a definição, esses tokens têm a função de representar ativos do mundo “real” (ou físico) dentro da blockchain.

Por causa dessa funcionalidade, os RWA podem causar uma enorme transformação na maneira como o mundo negocia ativos como casas e bens móveis, por exemplo. 

O que são RWA?

Em criptomoedas, os RWA são tokens que representam ativos reais, isto é ativos tangíveis que existem no mundo físico. Por meio dos RWA, usuários podem “tokenizar” esses ativos e levá-los para o mundo digital via blockchain.

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Por exemplo: uma pessoa possui uma empresa com um valor de R$ 100 mil e deseja contrair um empréstimo de R$ 20 mil. No mercado tradicional de hipotecas, ela teria que pedir um empréstimo para contrair essa dívida.

Mas com a blockchain, seria possível “digitalizar” essa empresa e criar ações, digamos, 10 RWA com o valor de R$ 10 mil cada. A pessoa poderia, então, criar os “títulos digitais”, tokenizá-los e oferecê-los a clientes de varejo como ações da empresa.

Neste exemplo, os RWA representam um ativo tangível que existe no mundo físico – a empresa e seus bens físicos. Mas os RWA também servem para imóveis, commodities, arte e outros ativos.

Os ativos do mundo físico são uma composição significativa do valor financeiro global. De acordo com estimativas atuais, somente o mercado imobiliário possuía ativos no valor de US$ 326,5 trilhões em 2020. E o ouro, um dos ativos reais mais similares ao Bitcoin (BTC), tem US$ 12,39 trilhões.

Mais liquidez com RWA

Evidentemente, os ativos do mundo físico são enormes no setor financeiro tradicional. No entanto, eles dificilmente são aproveitados no mundo das finanças descentralizadas (DeFi). Por isso, os RWA podem aumentar essa inclusão, aumentando a liquidez disponível.

Por exemplo, vender ou hipotecar um imóvel inteiro é difícil no mercado tradicional, por causa da baixa liquidez. Os RWA solucionam esse problema ao permitir operações fracionadas, aumentando a liquidez desses ativos. Ao mesmo tempo, eles oferecem uma nova classe de ativos para os participantes de DeFi alavancarem os rendimentos de seus investimentos.

Além disso, deve-se notar que, com ativos do mundo real, o rendimento do investimento pode ser menos afetado pela volatilidade da criptomoeda. Portanto, o investidor tende a sofrer menos nos momentos de correção.

Além de trazer ativos reais para a blockchain, há também uma emissão crescente de produtos do mercado de capitais. Isso inclui empresas como a Mitsui, que permitem o gerenciamento de ativos com títulos digitais, onde a empresa oferece investimentos em imóveis operacionais estáveis e infraestrutura para clientes de varejo.

A tokenização desses títulos digitais é feita em colaboração com a LayerX e emitida em uma blockchain de propriedade do consórcio SBI e Nomura. Esta empresa já possui mais de 2 trilhões de ienes sob gestão, ou cerca de R$ 71 milhões na cotação atual.

Protocolos de crédito e tokens RWA

Nos últimos anos, e em particular em 2022, o mercado assistiu ao aumento de protocolos de acesso aos mercados de crédito nas finanças tradicionais. Isso não surpreende, visto que o crédito é a chave para o crescimento das empresas.

As empresas normalmente usam capital para investir em pesquisa e desenvolvimento, aumentar sua equipe e realizar esforços de marketing. Eles podem acessar o capital por meio de financiamento de dívida ou financiamento de capital.

O financiamento da dívida é a modalidade preferida pelas equipes, pois permite que elas mantenham o controle sobre seus negócios enquanto obtêm acesso ao capital necessário. Além disso, as dívidas podem ser deduzidas dos impostos, o que melhora o resultado da companhia.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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