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Paulo Guedes afirma que Banco Central pode emitir moeda sem gerar inflação

Durante uma audiência virtual na Comissão Mista de Acompanhamento das Medidas Relacionadas ao Coronavírus, realizada pelo Senado na quinta-feira, 30 de abril, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que, se necessário, o Banco Central (Bacen) poderia imprimir moeda para comprar títulos de dívida – algo parecido com o que faz o Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.

“O Banco Central pode, sim, emitir moeda e pode, sim, comprar título e aí você pode monetizar a economia, sem que haja impacto inflacionário”, afirmou Guedes para os senadores.

De acordo com o ministro, isso pode ser feito em situações em que a inflação é zero, os juros “colapsam” e existe a chamada “armadilha da liquidez”. Guedes também ressaltou que o governo está atento a todas as possibilidades e que “os economistas bem informados não têm dogma”, referindo-se à opinião comum de que emissão de moeda poderia gerar hiperinflação.

A medida é vista pelo Bacen como uma entre as possibilidades de estímulos financeiros que podem ser dados para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19, visto que o espaço para novas reduções de juros está ficando menor.

A fala de Guedes vai de encontro ao que está sendo proposto pelo chamado “Orçamento de Guerra”, mm análise na Câmara. A medida, que transita em formato de PEC, permite a compra de títulos de empresas no mercado secundário pela autoridade monetária brasileira, com o objetivo de fornecer liquidez a esses títulos.

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O risco de monetizar a dívida

No entanto, a emissão de moeda para monetizar dívidas é um ato que o Bacen não pode fazer livremente. Desde a implementação do Plano Real, a lei proíbe que a autoridade monetária financie dívidas privadas ou públicas com impressão de moeda. Essa medida, aliás, foi uma das grandes responsáveis pelo sucesso do Plano Real, que acabou com uma década e meia de hiperinflação que destruía o poder de compra dos brasileiros.

Por conta disso, há o receio de que a flexibilização dessa lei – necessária para permitir a ação do Bacen – possa abrir um precedente para que o governo imprima moeda livremente, o que levaria o poder de compra do real ainda mais para baixo.

Enquanto isso, a “política monetária” do Bitcoin se prepara para tornar o criptoativo ainda mais escasso – e potencialmente mais valioso – daqui a menos de 12 dias. Com isso, seu preço voltou a ser negociado acima dos R$48.000,00, uma expressiva valorização desde a queda registrada nas últimas semanas. Por isso, fique sempre de olho em ativos que o governo não pode imprimir.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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