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Órgão regulador da China afirma que exchanges falsificam volumes de negociações de criptoativos

A Associação Nacional de Financiamento da Internet da China (NIFA), uma organização de autorregulação criada pelo Banco Central do país (PBoC), alertou que as exchanges de criptomoedas com sede no exterior divulgam volumes falsos de negociação.

De acordo com sua própria análise publicada na quinta-feira, 02 de abril, a NIFA disse que as exchanges estrangeiras usam “programas de robô para maquiar e manipular dados para criar a ilusão de ‘prosperidade’ no mercado de moedas virtuais”.

Riscos de manipulação

“Em nossa análise de amostragem com base nos dados de negociação de algumas das exchanges, a taxa de rotatividade diária de mais de 40 moedas é superior a 100%, enquanto a taxa de mais de 70 moedas excede 50%. Apesar do preço relativamente baixo e do pequeno valor de mercado, houve grandes volumes de negociação”, afirmou a NIFA.

A NIFA disse ainda que as exchanges usam “vários truques” para ganhar a atenção do consumidor. Por exemplo, algumas plataformas começaram a “exagerar” o conceito de que “moeda virtual é um ativo de refúgio assim como o ouro e a prata, mas isso não é verdade”, afirma o órgão.

Notavelmente, a NIFA também disse que as entidades operacionais das exchanges estão “relativamente ocultas”. Suas áreas de escritório e desenvolvimento de negócios geralmente são diferentes, e os consumidores não conseguem determinar a identidade desses operadores, de acordo com o órgão de vigilância.

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Problema antigo

A manipulação do mercado de criptoativos tem sido uma preocupação de longa data. No ano passado, a Bitwise divulgou um relatório apontando que aproximadamente 95% do volume de negociação do Bitcoin era manipulado. Os riscos dessa potencial manipulação têm sido usados pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para rejeitar as propostas de abertura de ETFs lastreados em Bitcoin.

Devido a essas preocupações, a NIFA aconselhou os consumidores chineses a não se envolverem em atividades de negociação em exchanges de criptoativos. As exchanges são efetivamente proibidas de operar na China desde 2017, mas, desde que seus servidores estejam fora da China e as transações sejam realizadas via ponto a ponto (P2P), elas podem fazer negócios com clientes residentes no país.

A Binance, por exemplo, oferece negociações P2P para Bitcoin, Ether (ETH) e Tether (USDT) em pares com o yuan chinês (CNY) desde outubro do ano passado.

Leia também: GAFI critica atuação dos EUA no combate a lavagem de dinheiro com criptoativos

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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