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Novo CEO da FTX, John Ray, revela mais escândalos de SBF no processo judicial

O novo CEO da FTX, John Ray III, apresentou uma declaração inicial ao Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Delaware. Em seu documento, ele fez um julgamento contundente de Sam Bankman-Fried, bem como de suas empresas.

Ray se tornou o CEO da FTX há menos de uma semana, quando o fundador da FTX Bankman-Fried entrou com pedido de proteção contra falência da FTX, da Alameda e de mais de 130 empresas relacionadas e deixou o cargo de CEO.

O novo CEO assumiu o papel de liderança em um dos maiores colapsos corporativos da história.

“Nunca em minha carreira vi uma falha tão completa nos controles corporativos. Nunca vi uma ausência tão completa de informações financeiras confiáveis ​​como aqui na FTX”, disse.

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Além disso, ele afirmou que toda a operação tinha falhas estruturais e destacou que a FTX tinha diretores e um CEO sem qualquer experiência.

“Desde a integridade de sistemas comprometidos e supervisão regulatória defeituosa no exterior até a concentração de controle nas mãos de um grupo muito pequeno. Além de pequeno, tinha um grupo de indivíduos inexperientes, não sofisticados e potencialmente comprometidos. Essa situação é sem precedentes”, disse Ray.

Escândalo da FTX

O novo CEO também informou que as empresas do FTX Group, com sede em Antígua e Bahamas, em particular, não tinham governança corporativa. De acordo com o executivo, muitas empresas nunca haviam realizado uma reunião do conselho.

“A FTX, a FTX.US e a Alameda praticamente não tinham departamento de contabilidade”, afirmou.

Além disso, o administrador da falência apontou a falta total de informações. Conforme destacou,  não há qualquer lista precisa de contas bancárias e signatários autorizados, bem como a credibilidade insuficiente dos parceiros bancários.

O administrador da falência também divulgou o uso de recursos da empresa para pagar casas e outros itens para funcionários. Ou seja, literalmente os usuários pagaram pela luxuosa mansão da SBF em Bahamas.

“Entendo que os fundos corporativos do FTX Group foram usados ​​nas Bahamas para comprar casas e outros bens pessoais para funcionários e consultores. Além disso, entendo que parece não haver registros de empréstimo para algumas dessas transações e que certas propriedades foram registradas nos registros das Bahamas em nome pessoal desses funcionários e consultores”, afirmou.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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