Economia

MP pede bloqueio de R$ 400 milhões de empresa de criptomoedas da Paraíba

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou com um pedido judicial para bloquear quase R$ 400 milhões da Fiji Solutions, empresa de empréstimo de criptomoedas com sede em Campina Grande, na Paraíba. A empresa não paga os seus clientes desde fevereiro deste ano.

De acordo com informações do programa local Arapuan Verdade nesta quarta-feira (5), o MPPB pediu que haja a suspensão de todas as transações com as empresas de criptomoedas ligadas a Fiji. Além disso, o órgão exigiu que um dos donos da empresa seja ordenado a liberar o código fonte da tecnologia. Isso para que os clientes da empresa que estão no prejuízo recebam os fundos como acordado. O processo também cita os outros dois sócios da Fiji.

A Justiça deve acionar a Fiji na esfera cível por crimes contra a economia popular e/ou crime contra o sistema financeiro. 

“Com efeito, tem-se que o modelo de negócios desenvolvido pela Fiji é extremamente turvo, desde o objetivo do empreendimento em si (a gestão de criptoativos), bem como também as suas práticas ou mesmo seu histórico de operações”, disse o promotor Sócrates da Costa Agra na ação.

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Empresa de criptomoedas interrompe pagamentos aos clientes

Os sócios fundadores da Fiji são Bueno Aires José Soares Souza, Emilene Marília Lima do Nascimento e Breno de Vasconcelos Azevedo. O negócio da empresa baseia-se na formalização de contratos de locação de criptoativos. Para atrair investidores, a Fiji prometia retornos mensais acima dos praticados no mercado. 

Ainda segundo o processo, Agra enfatizou que “não há explanação sobre a forma como a Fiji irá gerar o lucro que irá perfazer a remuneração em cima do valor locado”. Dessa forma, o cliente fica sem saber como, de fato, funciona o negócio da empresa. 

A ação diz também que foi realizada uma audiência online no dia 10 de março entre o MPPB e os três sócios da Fiji. Na ocasião, os sócios disseram que a empresa não estava mais pagando os clientes por causa de um suposto bloqueio da exchange de criptomoedas KuCoin.

Na ação civil, o MPPB também pediu bloqueio de veículos, bens e imóveis dos envolvidos, além da suspensão do passaporte e das carteiras de habilitação (CNH). Caso os citados não cumpram as exigências, poderão pagar uma multa diária de R$ 100 mil, bem como uma indenização no valor de R$ 5 milhões por danos morais.

Nova Braiscompany?

O modus operandi da empresa Fiji era similar ao da Braiscompany, outra empresa que oferecia negócios com criptomoedas na Paraíba. Conforme noticiou o CriptoFácil, em fevereiro deste ano a sede da Braiscompany foi alvo de uma ação da Polícia Federal. De acordo com informações, a ação faz parte da Operação Halving, que investiga a empresa por crimes contra o sistema financeiro.

A empresa captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas com altos retornos. A plataforma oferecia retornos que variavam entre 8% e 10% ao mês. No entanto, após atrasos, a “Brais” passou a ser suspeita de aplicar um golpe com criptomoedas em clientes em todo o Brasil.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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