Economia

Brasileiros arrecadam criptomoedas para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul desde a semana passada já causaram a maior tragédia da história do estado. De acordo com dados da Defesa Civil, até o dia 5 de maio, 75 morreram como resultado das enchentes, enquanto 103 pessoas estão desaparecidas. Outras 155 ficaram feridas e as enchentes já afetaram 334 municípios.

Mas os números de vítimas não fatais são ainda maiores. Cerca de 16.000 pessoas estão em abrigos organizados pelas prefeituras e outras 88.019 seguem desalojadas. São mais de 100 mil pessoas que perderam suas casas e mais de 700 mil afetadas pelas enchentes de alguma maneira.

Em Rolante, a capital mundial do Bitcoin (BTC), a situação chegou a níveis críticos depois que a cidade foi invadida por quase 1 metro de água. A enchente destruiu casas, supermercados e, de forma mais grave, afetou até o hospital da cidade, o primeiro do mundo a aceitar BTC. Por causa das chuvas, o hospital precisou interromper totalmente suas atividades, deixando a população sem acesso a serviços de saúde.

Diante do caos e destruição trazidos pelas chuvas, a comunidade bitcoiner brasileira entrou em ação e criou iniciativas para arrecadar fundos e recursos para auxiliar a população gaúcha. E o CriptoFácil traz cinco dessas iniciativas que estão com campanhas abertas, veja como ajudar.

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Bitso e Foxbit

As duas primeiras campanhas partiram das exchanges Bitso e Foxbit, que lançaram suas respectivas campanhas. A Bitso criou um email (donations@bitso.com) específico para receber doações, que podem ser feitas pelo aplicativo da exchange. Essa campanha vai até o dia 12 de maio e, para cada R$ 1,00 doado pelos seus clientes, a Bitso doará mais R$ 1,00.

No final da campanha, a Bitso fará sua prestação de contas e doará os recursos arrecadados para a conta SOS Rio Grande do Sul, organizada pelo governo do estado.

“Infelizmente, estamos diante do maior desastre climático da história no Rio Grande do Sul e toda contribuição é importante e urgente neste momento. Estamos todos mobilizados para ajudar as vítimas e utilizando a universalidade de cripto para criar uma rede global de apoio”, comenta Thales Freitas, CEO da Bitso Brasil.

Outra exchange que organizou sua campanha foi a Foxbit, que está arrecadando doações até a terça-feira (7). Para doar, basta escanear um dos códigos QR abaixo e enviar suas criptomoedas para a carteira selecionada. É possível fazer as doações em BTC, Ethereum (ETH) ou com a stablecoin USDT.

Go BTC e Arthur Mining

A Go BTC, empresa que transformou Porto Alegre numa das cidades mais bitcoinizadas do mundo, também entrou na corrente de solidariedade aos gaúchos. Por meio da plataforma de crowdfunding Geyser, a empresa lançou uma campanha para arrecadar BTC para fazer doações aos afetados pela chuva.

Com o uso da Geyser, a campanha da Go BTC visa alcançar doações de pessoas do mundo inteiro, visto que a plataforma é internacional. De acordo com o site da campanha, que encerra nesta segunda-feira (6), já são mais de 500.000 satoshis arrecadados, ou cerca de R$ 1.600 e valores atuais. Até o fechamento desta matéria, a campanha segue aberta para doações.

“São milhares de pessoas desabrigadas em situação de risco extremo, o nível dos rios continua subindo e nossa comunidade está com barcos e motos aquáticas resgatando pessoas. Os fundos arrecadados serão alocados em famílias em situação de vulnerabilidade no bairro Sarandi na cidade de Porto Alegre para a compra de colchões e cobertores”, afirmou Diogo Mury, fundador da Go BTC.

Mas a força da campanha se estendeu até as mineradoras de BTC, que também se dispuseram a ajudar. Nesse sentido, Rudá Pellini, fundador da Arthur Mining divulgou iniciativas dos deputados estadual e federal pelo RS, Felipe Camozatto e Marcel Van Hatten, além de dar apoio à campanha da Foxbit.

Além disso, o minerador conhecido como Azul do Fusca lançou uma campanha com foco exclusivo na mineração. De acordo com a proposta, os mineradores de BTC, Kaspa e outras criptomoedas podem usar uma wallet da Nicehash, onde qualquer um pode minerar. Dessa forma, qualquer pessoa que tenha desde CPU até ASIC pode doar parte dos seus rendimentos de mineração.

Esforços em Rolante

Por fim, a comunidade do Bitcoin é Aqui, que levou o Bitcoin em peso para Rolante, também se juntou nesse momento difícil para ajudar o Rio Grande do Sul. Utilizando apoios locais, a cidade se uniu para auxiliar os desabrigado com comida, colchões e outros itens de primeira necessidade.

Para doar fundos em BTC ao projeto e ajudar na crise, você pode fazer doações pelos seguintes meios:

  • Pix: 51.299.707/0001-81;
  • Bitcoin (via Lightning): enchenterolante@coinos.io;
  • Bitcoin (via onchain): bc1q4w3mc5uztsznk6v64hwj097umr3p4cepayt6d3.

Por fim, a última campanha é organizada pelo hospital de Rolante, o primeiro do mundo a aceitar BTC como pagamento, que está arrecadando doações via Pix. Além disso, parte das doações em BTC arrecadadas pelo Bitcoin é Aqui também irá como auxílio para reconstruir a instituição, que sofreu perdas de equipamentos essenciais como estetoscópios e máquinas especializadas.

Fonte: Fundação Hospitalar de Rolante.
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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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