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Maior gestora do mundo revela que investiu R$ 125 milhões na FTX antes do colapso

Mais uma grande empresa revelou ter feito um investimento milionário na exchange de criptomoedas FTX – que entrou com pedido de recuperação judicial no mês passado. Trata-se da BlackRock, empresa de investimentos multinacional dos Estados Unidos, sendo a maior em gestão de ativos no mundo, com US$ 10 trilhões em ativos sob gestão.

Conforme revelou o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, na quarta-feira (30), a gestora investiu US$ 24 milhões na FTX, antes do colapso, por meio de um fundo bilionário que a gestora administra. Ou seja, cerca de R$ 125 milhões na cotação atual em reais.

Em um evento organizado pelo New York Times, o DealBook, Fink afirmou que a Blackrock confiou na due diligence feita por outra gigante de Venture Capital, a Sequoia. Conhecida por financiar gigantes da tecnologia, como Facebook, Spotify e Nubank, por exemplo, a Sequoia investiu US$ 230 milhões na FTX.

Tecnologia cripto segue relevante, diz Fink

De acordo com Fink, parece ter havido um “mau comportamento” por parte da FTX, que ainda irá gerar mais consequências para o setor:

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“Teremos que esperar para ver como tudo isso se desenrola”, disse Fink, segundo a Reuters. “Quero dizer, agora podemos fazer todos os julgamentos e parece que houve maus comportamentos de grandes consequências.”

No entanto, ele reforçou que a tecnologia blockchain, por trás das criptomoedas, segue sendo relevante para o futuro.

“Acredito que a próxima geração de mercados e a próxima geração de valores mobiliários serão a tokenização de valores mobiliários”.

Conforme destacou Fink, o caso da FTX evidencia que a maioria das empresas de criptomoedas “não existirá” no futuro.

Empresas perdem dinheiro com o colapso da FTX

Além da BlackRock, outras gestoras de ativos como, por exemplo, a Temasek Holdings, o fundo de capital de risco Tiger Global e a Sequoia Capital, também investiram na FTX. Só a Temasek perdeu US$ 275 milhões (R$ 1,4 bilhão) em investimentos na exchange.

A exchange fundada por Sam Bankman-Fried (SBF) entrou com um pedido de proteção contra falência do Capítulo 11 nos Estados Unidos no dia 11 de novembro, após um colapso sem precedentes. Então, na mesma ocasião, SBF renunciou ao cargo de CEO.

Os documentos mostram que a empresa pode estar devendo a mais de 1 milhão de credores. Só aos 50 maiores credores a exchange deve mais de US$ 3,1 bilhões (R$ 16,6 bilhões). Em documentos judiciais submetidos ao  tribunal de falências de Delaware, a FTX forneceu uma lista de alguns de seus maiores credores. Embora os nomes na lista não sejam públicos, o documento dá uma ideia da extensão do colapso da exchange fundada por Sam Bankman-Fried.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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