Valor do Bitcoin remete a “volatilidade”. Esta talvez seja uma das palavras mais faladas no mercado de criptoativos. Muitas pessoas possuem dificuldade em entender como o preço do Bitcoin funciona. Além disso, as bruscas mudanças – seja para cima ou para baixo – costumam assustar os novatos. Afinal, o que determina o valor do Bitcoin?
De forma simplista, o preço do Bitcoin é definido pela oferta e demanda. O criptoativo é negociado em plataformas como as exchanges. E essas negociações definem os preços. No entanto, o Bitcoin teve um preço muito próximo de zero durante boa parte da sua história. Eis um gráfico com a evolução no preço do BTC até o momento:
O Bitcoin foi lançado em janeiro de 2009. Foram quase dez meses até que, em outubro daquele ano, a exchange New Liberty Standard registrou a primeira negociação. Na época, 5.050 Bitcoins foram negociados a US$ 5,02, o que dava cerca de 1.006 Bitcoins para cada US$ 1.
Porém, a história sobre o preço do BTC não é o foco deste texto. Ao invés disso, vamos analisar quais fatores influenciam o preço do Bitcoin atualmente. E esses fatores variam desde aspectos econômicos até fatores do próprio mercado de criptoativos. Vamos a eles.
Como vimos, o preço do Bitcoin hoje é formado por uma complexa gama de fatores. O impacto do dólar, políticas governamentais, a tecnologia e a clássica oferta e demanda são alguns deles. Para diferenciar isso, neste texto vamos tratar de dois aspectos do Bitcoin: preço e valor.
Como diz uma das famosas frases do investidor Warren Buffett: “preço é o que você paga, valor é o que você recebe.” Porém, enquanto o valor é algo subjetivo (cada pessoa atribui valor de forma diferente), o preço é mais objetivo. Dessa forma, características que aumentam o valor do BTC influenciam em seu preço.
Como vimos no início do texto, a oferta e demanda são os principais fatores que determinam o preço do Bitcoin. Isso se estende para vários outros ativos, inclusive. Essa oferta e demanda costuma variar entre as plataformas de negociação (exchanges), que possuem volumes diferentes. Por isso mesmo costumamos ver o Bitcoin sendo negociado a preços diferentes em cada exchange.
Na parte de oferta e demanda, a escassez corresponde à oferta. No caso do Bitcoin, a demanda já é pré-definida, pois existirão no máximo 21 milhões de unidades. E ao contrário das moedas fiduciárias, novos Bitcoins não poderão ser impressos além desta quantidade. A escassez também é muito importante para ativos como o ouro, por exemplo.
Como o Bitcoin não pode ser “impresso” pelos governos, a sua demanda tende a aumentar, mas a oferta não crescerá no mesmo passo. Vários investidores já utilizam o criptoativo como reserva de valor, proteção ou investimento com potencial de crescimento. E com a oferta de novos Bitcoins caindo, com a sua demanda em alta, isso traz impactos no preço.
Hoje, o Bitcoin é muito utilizado como ativo de proteção, reserva de valor ou para ganhos especulativos. No entanto, ele originalmente foi concebido como um sistema de pagamentos e transferência de valores. E para ser bem-sucedido, um sistema de pagamentos precisa ter aceitação entre as pessoas no dia-a-dia.
À medida em que mais pessoas enxergam o seu valor, o Bitcoin passa a ser visto como um bom meio de pagamento. Ele não possui fronteiras nem controle de qualquer governo, tampouco está sujeito a impostos. E quanto mais pessoas enxergam essas vantagens, maior é o uso do Bitcoin como moeda corrente.
Os investidores de longo prazo (apelidados de HODLers no mercado de Bitcoin) também contribuem para o preço. Esses investidores geralmente possuem uma mentalidade de longo prazo. Por isso, eles compram e guardam Bitcoins, diminuindo a oferta do mercado. Eles deixam menos Bitcoins para serem negociados quando compram.
Da mesma forma, eles despejam muitos Bitcoins quando decidem vender. E como os HODLers geralmente possuem um capital elevado, o impacto no preço do Bitcoin tende a ser forte. É por isso que as movimentações desses investidores –que também são conhecidos como baleias – costuma anteceder grandes altas ou quedas no preço.
A cotação Bitcoin no mercado internacional é precificada em dólares (USD). No entanto, cada país possui sua própria moeda. E a relação entre a cotação da moeda local e o dólar também influi no preço do Bitcoin.
Tomemos o Brasil como exemplo. Imagine que, hoje, o Bitcoin esteja cotado a US$ 10 mil e o dólar custa R$ 5,00. Isso daria um Bitcoin a R$ 50 mil. No entanto, se o dólar subir para R$ 5,20, o preço do Bitcoin terá aumentado para R$ 52 mil, mesmo que o preço em dólar tenha ficado estável nos US$ 10 mil. Por isso, a cotação da moeda estadunidense pode influenciar o preço do criptoativo no mercado local.
Você já deve ter lido sobre alguma criptomoeda cujo preço disparou após ter sido listada em uma exchange. Isso é bastante comum entre altcoins, especialmente quando são listadas em grandes plataformas. Criptomoedas que são incluídas em plataformas como a Coinbase, Binance e outras passam a ter uma série de benefícios. Entre eles estão: maior liquidez nas negociações, interesse de mais investidores, e outros.
No caso do Bitcoin, os impactos disso são menores. Afinal, as principais exchanges já listam o criptoativo. Mas existem outros mercados que podem influenciar o preço. Por exemplo, um dos maiores fundos de investimento do mundo começar a investir em Bitcoin. Ou uma grande empresa que compra o criptoativo como forma de proteção para seu caixa.
Em menor nível, até a entrada de cidadãos comuns pode influenciar o preço do BTC. Caso as pessoas de um país comecem a buscar o criptoativo, o seu preço pode aumentar no mercado local. Novamente, a lei da oferta e demanda age para influenciar o preço no mercado.
O mercado e as políticas monetárias também afetam o preço do Bitcoin. Quando os bancos centrais emitem mais dinheiro, cada unidade desse dinheiro perde valor. Com isso, o fenômeno da inflação começa a aparecer. Ele pode vir de formas mais leves (como no Brasil e nos EUA) ou de maneiras mais severas (como na Venezuela e na Argentina).
A partir do momento em que o dinheiro perde valor, a população passa a repudiá-lo. E aí começa a busca por bens como imóveis, ouro e, atualmente, o Bitcoin. Com mais dinheiro no mercado, os investidores possuem mais capital para buscar investimentos. E como o Bitcoin é escasso, esse aumento na procura tende a fazer o preço aumentar bastante.
Acompanhar a cotação do Bitcoin é uma tarefa mais simples hoje. Existem diversos sites que mostram gráficos em tempo real com o preço. Sites como o CoinMarketCap e o TradingView permitem acompanhar o preço nos principais mercados e moedas. Geralmente, o preço do Bitcoin é calculado com base na movimentação entre as principais exchanges do mundo.
Além desses, o CriptoFácil também possui uma ferramenta de acompanhamento de preços e sinais técnicos. Com ela você pode calcular a cotação do BTC e compará-la com outras criptomoedas. Ele também permite a análise de dados on-chain, que mostram como está a rede das principais criptomoedas. Quanto à cotação do Bitcoin em tempo real, você pode conferi-la abaixo.
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