A escalada no preço do Bitcoin (BTC) pode causar uma reação adversa por parte do governo estadunidense.
Ao menos, essa é a opinião de Balaji Srinivasan, que é ex-diretor técnico da exchange Coinbase.
Dessa maneira, de acordo com o empresário, é possível que os Estados Unidos alterem as suas políticas públicas na eventualidade de o preço do BTC ultrapassar os US$ 100 mil (R$525 mil).
A opinião de Srinivasan sobre o assunto foi dada em uma entrevista recente ao canal Real Vision Finance.
Na conversa, o empresário afirmou que o governo dos EUA já possui familiaridade com as criptomoedas:
“Eu realmente penso que o governo estadunidense possui vários funcionários que entendem as criptomoedas e são amigáveis a elas. Isso não acontecia em 2013, mas certamente acontece hoje em dia.”
Apesar disso, os governantes podem não gostar de uma possível supervalorização do BTC:
“Acredito que, caso o Bitcoin vá para os US$ 100 mil ou US$ 1 milhão [R$ 5,31 milhões] e comece a afetar a política monetária e fiscal, a criptomoeda causará um nível de resposta diferente por parte do governo.”
Logo, Srinivasan crê que a valorização do Bitcoin pode influenciar diretamente na direção das políticas públicas estadunidenses.
A ideia de que os governos podem tentar boicotar o Bitcoin e as outras criptomoedas é polêmica.
Para alguns, isso não é possível, devido à descentralização dos nós da blockchain do BTC. Contudo, para outras pessoas, é possível que os governos consigam afetar a rede do Bitcoin através de um grande esforço computacional.
De toda maneira, Srinivasan acredita que a adoção em massa do Bitcoin pode garantir a sua sobrevivência.
Além disso, o empresário afirmou que um grande número de governos vai eventualmente utilizar o Bitcoin para compor as suas reservas.
Vale ressaltar que o Irã já começou a adotar uma política de utilizar as criptomoedas na sua balança comercial.
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