O preço do Bitcoin (BTC) sofreu uma queda após a notícia sobre os testes da Pfizer na vacina contra a Covid-19.
Assim, o Bitcoin está se distanciando do mercado de ações, que disparou com o anúncio da empresa farmacêutica.
No entanto, a análise dos dados indica que a criptomoeda pode continuar valorizando.
Bitcoin desvaloriza após notícia da vacina
Hoje, a Pfizer anunciou que a sua vacina possui mais de 90% de eficácia no combate ao novo coronavírus.
Isso motivou a disparada do mercado de ações. No Brasil, o IBOV – que mede o desempenho das ações da B3 Bovespa – cresceu de maneira significativa.
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No momento da escrita desta matéria, o IBOV está cotado em 103.530 pontos, com uma valorização diária de 2,6%.
No entanto, o BTC está seguindo por um caminho diferente, conforme mostra o gráfico do TradingView:
Desse modo, o preço do Bitcoin está em R$ 83.499, com uma queda de 1,2% em 24 horas.
Bitcoin é ativo de proteção para parte do mercado
A diferença entre a reação do Bitcoin e do IBOV pode ser explicada da seguinte maneira: cada vez mais, o Bitcoin é tido como um ativo de proteção.
Inclusive, isso está fazendo com que parte dos investidores troque o ouro pelo BTC, conforme noticiado pelo CriptoFácil.
Os ativos de proteção ganham força em tempos de crise e instabilidade. Esse costuma ser o caso do ouro e da prata, por exemplo.
No entanto, a vacina afasta parte do risco sanitário e econômico provocado pela Covid-19, o que, por sua vez, causa a desvalorização dos ativos de proteção.
Em outras palavras: os investidores estão acreditando na melhora do panorama econômico e provavelmente vão começar a tomar mais riscos no mercado.
Métricas do mercado apontam para a valorização do Bitcoin
A Glassnode é uma empresa que analisa dados relacionados ao mercado das criptomoedas.
Dessa maneira, no seu relatório mais recente, a empresa se mostra otimista em relação ao preço do Bitcoin:
No gráfico da Glassnode, a semana atual é colocada no regime mais positivo entre as quatro opções: “mercado de alta”, “transição para a baixa”, “mercado de baixa” e “transição para o mercado de alta”.
Ademais, a empresa justifica esse posicionamento da seguinte forma:
“Na última semana, o preço do Bitcoin ultrapassou os US$ 15 mil [R$ 81.178] pela primeira vez desde o mercado de alta de 2018. O crescimento parece continuar e o sentimento do mercado está fortemente positivo.
Logo, durante as eleições presidenciais estadunidenses, o mercado de ações começou a disparar; entretanto, o Bitcoin superou esse desempenho de maneira significativa, o que mostra uma possibilidade de descolamento entre o preço da criptomoeda e as ações.”
Finalmente, a empresa dá a “receita” para a valorização do Bitcoin:
“Se o crescimento no preço do Bitcoin continuar, a criptomoeda conseguirá se distanciar do mercado de ações, o que vai abrir caminho para um crescimento ainda maior”.
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