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Twitter: Musk tem liderança rejeitada e recebe críticas de Vitalik Buterin; DOGE recua

Há cerca de dois meses, o bilionário Elon Musk assumiu o cargo de CEO do Twitter após concluir a compra da empresa de mídia social por US$ 44 bilhões. Desde que passou a liderar a companhia, Musk promoveu inúmeras mudanças na plataforma e gerou polêmicas. Mas agora, o bilionário pode renunciar ao cargo de CEO, abrindo mão de seus poderes recém-adquiridos. Pelo menos foi o que ele garantiu que faria caso este fosse o desejo da comunidade. E foi.

No último domingo (18), Musk abriu uma enquete em sua conta na plataforma, perguntando se deveria deixar o cargo de CEO. Na ocasião, ele afirmou que respeitaria os resultados da enquete.

Então, um percentual de 57,5%, de um total de 15,7 milhões de votantes, respondeu que “sim” à enquete. Contudo, até agora, Musk não oficializou sua saída do cargo. De qualquer forma, caso realmente saia da função de CEO, ele permaneceria como dono do Twitter.

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CZ pede para Musk ficar

A relação entre Elon Musk e o universo das criptomoedas não é de hoje. O apoiador da Dogecoin (DOGE) já “pumpou” os preços de ativos como Bitcoin, DOGE e outras memecoins em várias ocasiões, apenas com tuítes.

A influência de Musk sobre o mercado cripto e o seu potencial de alavancar os ativos digitais são tão significativos que quando ele anunciou que compraria o Twitter a Binance foi uma das primeiras empresas a demonstrar apoio. A exchange destinou US$ 500 milhões como forma de apoio financeiro à compra.

O CEO da exchange, Changpeng Zhao (CZ), também apoiou a manutenção de Musk no cargo. Minutos antes do encerramento da enquete, CZ respondeu a Musk dizendo que ele deveria “manter o curso” e não renunciar.

Vitalik Buterin chama Musk de autoritário

Mas o comportamento de Musk à frente da rede social vem sendo criticado por um outro importante player do mercado cripto, o cofundador do Ethereum (ETH), Vitalik Buterin. Na última semana, quando o dono do Twitter promoveu uma onda de banimentos à contas na rede sociais, sobretudo de jornalistas, Buterin alertou que esse era o caminho para o autoritarismo.

“Agir ‘de forma rápida e decisiva em resposta aos catalisadores’ quando a ação em questão é proibir coisas é o caminho para o autoritarismo”, tuitou Buterin.

O tuíte foi uma resposta a um usuário que tentava justificar os banimentos recentes, alegando que eram uma resposta “rápida e decisiva” a catalisadores.

Buterin também tuitou sobre a enquete promovida por Musk sobre se deveria deixar a função de CEO. Ele disse que a ação era algo a ser respeitado.

“Ok eu realmente respeito isso”, tuitou Buterin.

Pressão para sair?

Além disso, sobre a possível saída de Musk do cargo de CEO, um ex-funcionário do Twitter, que deixou a empresa recentemente, disse à BBC que ele deve estar sofrendo pressão dos investidores:

“Imagino que ele esteja sendo pressionado pelos investidores a renunciar, e está usando esta enquete para fazer parecer que está seguindo a vontade popular, em vez da vontade de quem paga suas contas.”

Quem se colocou à disposição para assumir o cargo de CEO do Twitter foi Edward Snowden, ex-administrador de sistemas da CIA. Ele disse, inclusive, que aceitaria o pagamento em Bitcoin (BTC).

Dogecoin (DOGE)

A criptomoeda apoiada por Musk, a Dogecoin (DOGE), reagiu mal à enquete de Musk e sua eventual saída da liderança do Twitter. O preço da memecoin registra um recuo de cerca de 5% nas últimas 24 horas e de quase 20% na última semana, de acordo com dados do CoinGecko. No momento da escrita desta matéria, DOGE está custando R$ 0,39.

Gráfico de preço da DOGE nos últimos sete dias – Fonte: CoinGecko

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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