Economia

Tether refuta alegações do WSJ sobre reservas apertadas: ‘desinformação’

No dia 27 de agosto, conforme noticiou o CriptoFácil, o Wall Street Journal publicou uma reportagem sobre a Tether. A empresa é a emissora da maior stablecoin do mercado, a USDT, com mais de US$ 67,5 bilhões (R$ 342 bilhões) em valor de mercado.

Entre outras coisas, o jornal afirmou que os ativos da Tether, segundo o último relatório, superam os passivos em apenas US$ 191 milhões (0,3%).

Ou seja, uma pequena variação nas reservas ou no valor de mercado do ativo poderia resultar em uma “insolvência técnica”.

Em uma nota publicada nesta terça-feira (30) em seu blog, a Tether rebateu as alegações. De acordo com a empresa, trata-se de “desinformação” para “desacreditar o trabalho que a Tether tem colocado na comunicação transparente e honesta com o público.”

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“O artigo mais recente do Wall Street Journal contra a Tether é uma série de conclusões sem fundamento. Em uma época em que informações falsas estão sendo usadas para causar danos em todo o mundo, é nossa responsabilidade esclarecer os fatos para os leitores”, disse a Tether.

Em seguida, a emissora da USDT publicou tópicos rebatendo cada uma das alegações da reportagem.

BDO, negócio lucrativo e reservas

Em primeiro lugar, a Tether afirmou que a nova empresa de auditoria recém-contratada, a BDO, “não é uma empresa de contabilidade Tether”, como diz a reportagem. Em vez disso, é uma empresa de “auditoria Top 5 muito respeitável e independente”.

Além disso, afirmou que a suposição da matéria de que os títulos de dívida do governo dos EUA são inseguros contradiz o fato de que eles têm sido o principal ativo seguro em todo o mundo nas últimas décadas.

A Tether também rebateu a afirmação do WSJ de que o seu negócio não é lucrativo:

“A Tether nunca divulgou nenhum patrimônio, apesar de ser lucrativo há vários anos”, disse a empresa. “Talvez o WSJ tenha confundido a Tether com alguns de seus concorrentes.”

Ainda segundo a nota, atacar as reservas da Tether, quando essa margem também se aplica a outras stablecoins, é uma forma de prejudicar sua reputação.

Ausência de uma auditoria completa

A Tether abordou ainda a ausência de uma auditoria completa apontada pela reportagem. De acordo com a empresa, é de conhecimento público que ainda não houve uma auditoria, mas a emissora da stablecoin garantiu que está trabalhando para uma. Em seguida, a Tether voltou a citar os seus concorrentes:

“Os rivais permitiram que os consumidores comuns acreditassem que estão ‘mais seguros’ porque foram ‘auditados’. Mas tal auditoria não ocorreu. Exceto, talvez, no contexto de um aumento e/ou reestruturação de capital, sendo a empresa auditada não lucrativa.”

Resgate de US$ 16 bilhões em USDT

Por fim, a Tether destacou que conseguiu resgatar facilmente mais de US$ 16 bilhões em USDT nos últimos meses, “mantendo essencialmente a alocação de ativos em linha com os meses anteriores”.

A empresa voltou a afirmar que segue em seu processo de reduzir de forma significativa a sua exposição a papéis comerciais.

Em conclusão, a Tether afirmou que continuará a dar total transparência sobre as suas reservas até que haja um padrão reconhecido para contabilidade de ativos digitais, incluindo stablecoins.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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