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Telegram adia lançamento de sua blockchain e oferece devolução de dinheiro a investidores

O aplicativo de mensagens Telegram parece ter se rendido à pressão dos reguladores norte-americanos. Na quarta-feira, 29 de abril, a empresa adiou o lançamento da sua blockchain TON pela segunda vez: a nova data foi estipulada para abril de 2021. Além disso, o Telegram acionou uma cláusula de clawback onerosa em seu contrato com investidores em venda de tokens.

De acordo com uma carta aos investidores, o Telegram ofereceu a devolução de até 72% dos valores aplicados por cada investidor. Os termos foram acordados quando o Telegram adiou o lançamento da TON pela primeira vez, em outubro do ano passado, após um processo da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), acusando o Telegram de executar uma venda de títulos não registrada que arrecadou US$1,7 bilhão (R$9 bilhões) em 2018.

Na época, o Telegram estabeleceu um prazo de lançamento revisado de 30 de abril de 2020 e se dispôs a reembolsar os investidores que quisessem sair do projeto. Os investidores rejeitaram o reembolso ainda em outubro, mas, conforme relatou o CriptoFácil recentemente, pelo menos 10 investidores já desejam abandonar o projeto.

A empresa perdeu uma batalha judicial inicial com a SEC, com um juiz dos EUA determinando que o Telegram não pode lançar sua blockchain ou emitir seus tokens (Gram) até que o caso seja resolvido. Em 24 de março, a liminar preliminar inicial foi mantida.

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Soluções alternativas

Devido ao imbróglio com a justiça e ao adiamento no lançamento da TON, o Telegram apresentou a proposta de reembolso parcial. No entanto, ele também disponibilizou outra opção para os investidores que optarem por renunciar aos seus 72%: eles podem emprestar seus investimentos ao Telegram até o próximo ano.

“Como forma de agradecimento por sua confiança na TON, também oferecemos a você uma opção alternativa para receber 110% do seu investimento original até 30 de abril de 2021, que é 53% superior ao valor da rescisão”, afirmou a carta.

O Telegram também esclareceu que está “mantendo a discussão com as autoridades relevantes”. Dependendo do andamento das negociações, esses investidores ainda podem receber “Grams ou, potencialmente, outra criptomoeda nos mesmos termos que estão em seus Contratos de Compra originais”.

Se os reguladores continuarem bloqueando o lançamento da TON, o Telegram pagará a dívida usando o patrimônio da empresa. Atualmente, o Telegram pertence inteiramente ao seu fundador e CEO, Pavel Durov. Citando o recente crescimento da Telegram – que atingiu 400 milhões de usuários mensais em todo o mundo – a empresa disse acreditar que seu “valor patrimonial excederá o valor agregado de sua dívida potencial resultante dessa oferta em pelo menos várias vezes”.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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