Suposta pirâmide GAS diz que vai parar pagamentos até o desbloqueio de bens pela Justiça

Após negar o atraso de pagamentos aos investidores, a GAS Consultoria Bitcoin, apontada como pirâmide financeira, afirmou que só voltará a realizar os pagamentos quando a Justiça desbloquear os bens da empresa.

De acordo com O GLOBO, a empresa de Glaidson Acácio dos Santos, preso há cerca de um mês, começou a notificar os clientes sobre a interrupção dos pagamentos.

Com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, a GAS prometia rendimentos mensais de 10% ao mês sobre o valor aportado.

A promessa era investir o dinheiro em Bitcoin e outras criptomoedas. Contudo, a empresa operava sem a autorização dos órgãos regulatórios.

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GAS diz que valor bloqueado pode cobrir eventual quebra de contrato

Uma funcionária da empresa compartilhou em um aplicativo de mensagens um comunicado sobre a interrupção dos pagamentos ao qual o GLOBO teve acesso

De acordo com a nota, US$ 5,2 bilhões, equivalentes a R$ 27 bilhões, na cotação atual, está retido pela Justiça.

“Meu supervisor afirma que todo capital bloqueado é suficiente para honrar uma eventual quebra de contrato por parte da empresa. Ou seja, a empresa tem 90 dias para devolver 100% do capital investido”, explicou.

Ainda segundo a consultora, se a Justiça desbloquear as contas neste período, a empresa retomará os pagamentos normalmente.

Segundo o texto, a GAS “não efetuará pagamentos aos clientes até que os valores em posse da Justiça sejam liberados”.

“Por motivos óbvios, por não nos tratarmos de uma pirâmide, nenhum contrato será mais aceito até segunda ordem.”

GAS: Patrimônio é suficiente para pagar clientes

Em outro grupo de clientes, a assessoria da GAS não falou sobre a suspensão dos pagamentos.

No entanto, afirmou que a empresa requereu à Justiça o “desbloqueio de bens no limite necessário para evitar atrasos de pagamentos ajustados, o que não decorre de sua vontade ou responsabilidade”.

Neste comunicado, a assessoria menciona o valor bloqueado de R$ 38 bilhões, que foi divulgado pela PF. 

Segundo a nota da GAS, o valor é “muito superior ao montante global de seus compromissos com seus contratantes.”

Além disso, a assessoria garante que a GAS possui patrimônio “mais do que suficiente” para honrar suas obrigações.

A empresa disse que sua “maior luta” é “cumprir, como vem cumprindo há mais de nove anos, a missão de remunerar seus clientes, contribuindo para mudança na vida das pessoas.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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