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STF dá 48 horas para Banco Central justificar nota de R$ 200

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deu um prazo de até 48 horas para que o Banco Central (Bacen) justifique o lançamento da nova cédula de R$ 200.

Há suspeita de que o lançamento tenha “grave vício de motivação”, podendo facilitar a “atuação da criminalidade”.

O pedido consta em um despacho da ministra publicado na segunda-feira (24) no sistema do STF. Sendo assim, o Bacen precisa prestar os esclarecimentos até a presente data.

Lançamento seria inconstitucional

Conforme informou o Estadão, a ministra Cármen Lúcia é relatora de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental.

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Os partidos PSB, Podemos e Rede Sustentabilidade ajuizaram a arguição alegando que o lançamento da nova cédula, previso para o fim deste mês, é inconstitucional.

Os partidos justificam que:

“[…] o Banco Central não apresentou nenhum estudo ou documento estruturado que trouxesse de forma aprofundada as razões e implicações da medida.”

Além disso, segundo eles, o único arquivo disponibilizado para embasar a decisão foi uma “singela apresentação de slides”.

Bacen alegou “maior demanda”

Como noticiou o CriptoFácil, o lançamento da cédula de R$ 200 foi anunciado pela a diretora de Administração do Bacen, Carolina de Assis Barros, em 29 de julho.

A diretora explicou, na ocasião, que a nova cédula visa atender “à demanda da população por dinheiro” neste período de pandemia. Um dos motivos seria o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600.

Desta forma, para atender essa demanda, o Bacen decidiu imprimir 450 milhões de cédulas de R$ 200 apenas em 2020. Com isso, totalizando R$ 90 bilhões.

Aumento da corrupção

Muitos especialista, no entanto, criticaram a ação, alegando que uma cédula de valor maior poderia facilitar a corrupção e a lavagem de dinheiro. 

O mesmo disseram os partidos na arguição:

“O aumento do valor de face do papel-moeda possui, sim, relevante papel para a criminalidade. Basta pensar que o transporte de numerário por fora do sistema financeiro e dos controles estatais ficará facilitado”, disseram os partidos.

Mas a diretora do Bacen, entretanto, tem rebatido essas críticas, afirmando que a nota de R$ 200 não significa retrocesso no combate à lavagem de dinheiro.

Isso porque, segundo Carolina Assis, a partir de 1º de outubro, entrarão em vigor regras mais duras nesse sentido.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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