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Série Mercado P2P Brasileiro – Thiago Guimarães

Chegamos ao penúltimo episódio da Série Mercado P2P Brasileiro. Esse conteúdo, exclusivo do Criptomoedas Fácil, tem como objetivo mostrar o ponto de vista de alguns dos principais vendedores do mercado P2P nacional. Os quatro episódios anteriores podem ser vistos aqui, aquiaquiaqui e aqui.

O entrevistado de hoje é Thiago Guimarães. Além de atuar como vendedor P2P e ser o fundador da Criptoplace, Guimarães também realiza um grande trabalho de identificação e denúncia de golpes envolvendo criptoativos – prática que cresceu em paralelo ao interesse pelo Bitcoin e outros ativos digitais. Confira!

Criptomoedas Fácil: Olá, Thiago. Quando você conheceu o Bitcoin e como entrou neste universo?

Thiago Guimarães: Conheci o Bitcoin há uns dois anos, quando fui desenvolver um aplicativo para um cliente que era do ramo de criptomoedas. Como eu não tinha conhecimento algum, fui estudar sobre o assunto. Digo que daquele dia em diante, minha vida mudou. Parei meus projetos e comecei a estudar criptomoedas e tecnologia Blockchain.

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CF: Há quanto tempo você atua como P2P?

TG: Há cerca de um ano comecei como P2P vendendo valores pequenos em grupos de Whatsapp, mas com o aumento da clientela, resolvi abrir um local físico onde a pessoa pode ir e comprar suas moedas como se fosse comprar um café na padaria, de forma simples e fácil. Surgiu assim a Criptoplace, a primeira loja física do Brasil a vender Bitcoins e robôs de trading.

CF: Como você avalia o mercado de venda P2P neste primeiro semestre de 2018? Como a queda de preço vivenciada no primeiro semestre deste ano impactou suas negociações?

TG: O mercado P2P é bem diferente. Para quem tem clientes fixos – assim como nós – creio que o impacto não foi tão sentido, pois esse período de baixa é excelente para compras.

CF: Um recente artigo avaliou a performance do mercado P2P através da ferramenta Localbitcoins. A conclusão tirada foi de que o mercado P2P tem aumentado em volume na América Latina, especialmente no Brasil, na Argentina e na Venezuela. Você sente que isso refletiu em suas negociações?

TG: Com toda certeza. Hoje, exchanges nos procuram para comprar bitcoins, pois precisam de liquidez e não possuem, e acontece que acabamos sendo bem melhores que os fornecedores deles. Creio que hoje, 70% dos bitcoins negociados no Brasil estão nas mãos da comunidade P2P.

CF: Você sabe dizer se em 2018 o seu volume de negociações foi maior para novos clientes ou para clientes já fidelizados?

TG: Em 2018 nossas maiores negociações foram para novos clientes.

CF: Qual a maior dificuldade que você considera ao negociar com novos entrantes no mercado?

TG: A falta de conhecimento, pois muitos pensam que criptomoedas são investimento e na verdade são uma forma de pagamento.

CF: Você sabe dizer para qual finalidade a maioria dos seus clientes compra criptomoedas? (para investir, para fazer pagamentos, etc)

TG: A grande maioria compra como forma de investimento. Apenas 10% utilizam como forma de pagamento.

CF: Além do Bitcoin, seus clientes também buscam outras criptomoedas? Quais?

TG: Nosso forte nas vendas é o Bitcoin. Também vendemos Ethereum, Dash, Smarthcash, Litecoin, entre outras.

CF: Em minhas pesquisas, descobri que você também trabalha no combate a esquemas de pirâmide envolvendo criptomoedas. Pode falar mais sobre como funciona esse trabalho?

TG: Isso, nós temos uma equipe de 17 pessoas espalhados nos grupos pegando os contatos do golpistas. Preferimos não expor o trabalho, pois jogamos os dados de muitos deles na rede, e por isso estamos sofrendo várias ameaças.

CF: Como você acredita que as OTCs (mesas de negociação) podem influenciar em suas negociações?

TG: OTCs vieram para tentar concorrer com a comunidade P2P. Como dica de segurança, recomendamos sempre fazer esse tipo de operação com empresas especializadas. É um cuidado fundamental para você ter a garantia de que seus bitcoins serão realmente entregues.

CF: A maioria dos clientes são pessoas físicas ou jurídicas?

TG: Atendemos pessoas jurídicas, mas a grade maioria dos nossos clientes são pessoas físicas.

CF: Qual o preço de referência que você utiliza para dar a cotação do Bitcoin e de possíveis outras criptomoedas?

TG: Estou usando Bitvalor + 1,5 % e nas compras acima de 10 bitcoins nós melhoramos a cotação.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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