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Senado dos EUA planeja utilizar blockchain em votações

Funcionários do Subcomitê Permanente de Investigações do Senado dos Estados Unidos, em busca de tecnologia para manter a câmara legislando em meio a crises, selecionaram a tecnologia blockchain como uma opção para realizar votações online na Casa.

A recomendação veio através de um memorando de 29 páginas liberado pelo Subcomitê na quinta-feira, 30 de abril. O documento, que não é uma proposta de alteração das regras do Senado ou do comitê que as analisa, precedeu a mesa redonda do Subcomitê sobre soluções de continuidade em tempo de crise, realizada também no dia 30. Soluções baseadas em blockchain foram incluídas na lista de sugestões.

“O Senado pode considerar o uso da blockchain se seus 100 membros tiverem que realizar votações à distância”, escreveram funcionários. Eles também propuseram a votação em plataformas de criptografia de ponta a ponta e por meio de um sistema de comunicações de estilo militar, semelhante aos sistemas usados por generais do exército e pelo presidente dos EUA.

Riscos no uso da blockchain em votações

A Blockchain é talvez o mais controverso dos três quando se trata de votação remota. Durante o ano passado, os pesquisadores criticaram as plataformas de votação em blockchain e apoiadas pela Internet como inseguras e propensas a erros, o que levou algumas autoridades eleitorais a desistir dos planos de usá-las. O sistema Voatz, por exemplo, teve seu uso proibido nas eleições pelo estado da Virgínia, conforme relatou o CriptoFácil.

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Os funcionários do Senado, entretanto, não compartilharam os medos dos pesquisadores. “Embora alguns (pesquisadores) tenham levantado preocupações sobre o uso de sistemas on-line para votação, essas preocupações são mais específicas para eleições secretas do que para votações abertas no Senado”, escreveram eles.

Isso não quer dizer que uma blockchain do Senado seria uma blockchain completamente segura. O documento traz receios com um cenário de um ataque de 51%, no qual um ator malicioso tomou o poder do consenso ao assumir o controle majoritário da cadeia de votação. O documento afirmou que, caso esse risco possa ser evitado, a votação em blockchain no Senado tem um grande potencial. Eles escreveram que a tecnologia acrescenta transparência e reduz o risco de contagens incorretas de votos.

“Com seu registro distribuído criptografado, a blockchain pode transmitir um voto com segurança e também verificar o voto correto”, disse o memorando.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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