Seis anos de Ethereum: veja suas principais mudanças

O Ethereum, segunda maior blockchain e criptomoeda do mundo, completa 6 anos nesta sexta-feira (30). Criado por Vitalik Buterin em 2014, o projeto ganhou vida 18 meses depois que seu white paper foi lançado.

Ao longo de seis anos, o Ethereum passou por diversos problemas, incluindo hard fork, sobrecarga na blockchain e dúvidas a respeito de seu sucesso. Muitos ainda enxergam a rede como problemática e levantam dúvidas a respeito de seu sucesso no longo prazo

Contudo é inegável que a rede evoluiu em diversos aspectos, incluindo preço e projetos lançados. Apesar de ser considerado um concorrente do Bitcoin (BTC), o Ethereum na verdade trouxe avanços em áreas bastante diferentes.

Hard fork e riscos

O primeiro grande teste do Ethereum veio menos de um ano após seu lançamento. Com o crescimento da rede, as possibilidades para criar aplicações descentralizadas tornaram-se maiores. Assim, surgiu a ideia de criar a primeira organização totalmente baseada em software: o projeto The DAO.

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Concebido em 2016, o The DAO era uma organização autogovernada, não influenciada por forças ou pessoas externas. O software operava por si só com regras imutáveis escritas na blockchain através de um código aberto. Assim como o Ethereum, o The DAO veio ao mundo via financiamento coletivo e prometia uma grande revolução.

Porém, o projeto continha uma vulnerabilidade que permitia a exploração externa do contrato – e foi justamente o que aconteceu. Em junho de 2016, hackers conseguiram desviar mais de 3,6 milhões de ETH do The DAO. A falha resultou numa perda de US$ 150 milhões na cotação da época.

Além da perda financeira, o caso The DAO causou uma divisão na rede Ethereum. Desde então, passaram a existir dois projetos: o Ethereum Classic (ETC) e o Ethereum (ETH). O primeiro é a rede original, mas foi o segundo quem mais prosperou.

ICOs e DeFi

Pouco tempo após o caso The DAO, mesmo com a perda de credibilidade, a ETH voltou aos holofotes de forma positiva. A alta do BTC em 2017 levou os investidores a olharem com mais atenção para as criptomoedas e suas possibilidades.

Já o ano de 2018 viu o BTC perder força e dar lugar para as altcoins. Com isso, diversos projetos começaram a buscar a tecnologia blockchain com o objetivo de se financiar através de criptomoedas. O resultado foi o surgimento da modalidade de financiamento via Ofertas Iniciais de Moedas (ICO).

Com as ICO, empresas que buscavam levantar capital poderiam criar suas criptomoedas e vendê-las diretamente aos investidores. Em troca, estes ganhariam alguns benefícios ou poderiam lucrar com a valorização dos tokens.

As ICO revolucionaram o mercado de investimentos, pois agora as empresas não precisariam depender de bancos ou ter altos custos abrindo capital na bolsa. Como resultado, este mercado chegou a captar quase US$ 7 bilhões em investimentos apenas no primeiro trimestre de 2018.

Contudo, a modalidade passou a sofrer pressões de governos e agências reguladoras de valores mobiliários devido ao alto número de fraudes. As pressões resultaram numa perda de interesse gradativa pelas ICO, que tiveram queda superior a 90% desde então.

No entanto, a ETH começou a chamar atenção pelas finanças descentralizadas (DeFi), modalidade que promete trazer impactos ainda maiores do que as ICO. Hoje, há cerca de US$ 65 bilhões em valor alocado em protocolos descentralizados, com a maioria dos projetos operando no Ethereum.

Finanças descentralizadas cortam intermediários em diversos serviços financeiros, como bancos, corretoras, financeiras e bolsas de valores. Assim, as plataformas reduzem custos, agilizam a velocidade das operações e eliminam toda e qualquer restrição geográfica ou financeira.

Forte valorização

Se as demais ICO perderam força, a ICO do próprio Ethereum é de longe um exemplo bem sucedido. Em 5 anos, o token ETH saiu de US$ 0,75 para os atuais US$ 2.341, o que, em termos percentuais, representa uma valorização de estonteantes 312.133%.

Hoje, o Ethereum possui US$ 273 bilhões em valor de mercado, além de outras centenas de bilhões em projetos que utilizam sua blockchain para funcionar. Tal crescimento ocorreu em apenas seis anos, o que faz da rede um verdadeiro menino prodígio. Parabéns ao Ethereum e que venha a primeira década.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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