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SEC adia compra da Voyager pela Binance.US por R$ 5,4 bilhões

O acordo de compra de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) entre a Binance.US, braço da exchange nos Estados Unidos, e a falida empresa de empréstimos de criptomoedas Voyager Digital vai ter que esperar. Isso porque a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, apresentou na quarta-feira (04) uma objeção limitada sobre o negócio, provocando um adiamento do processo.

Binance não provou ser capaz de fechar o negócio

De acordo com o regulador dos EUA, a proposta de compra não inclui detalhes suficientes sobre a capacidade da Binance de “consumar uma transação desta magnitude”. Por isso, a exchange terá que fornecer informações adicionais sobre como serão as operações da Binance nos EUA após o acordo. Além disso, os advogados da SEC exigiram mais dados sobre como a empresa vai proteger os ativos dos clientes.

O regulador disse ainda que se reserva ao direito de alterar sua objeção posteriormente, se necessário.

A Binance.US, unidade da exchange nos EUA, concordou com uma diligência maior:

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“Uma revisão diligente do acordo é esperada e bem-vinda”, disse a Binance.US em um comunicado. “Vamos trabalhar com as partes relevantes para fornecer qualquer informação solicitada. Estamos ansiosos para concluir a transação e trazer os clientes da Voyager para a Binance.US.”

Binance.US fecha compra da Voyager

Conforme noticiou o CriptoFácil, em dezembro do ano passado, a Binance.US fechou um acordo para comprar os ativos da Voyager. A proposta previa destravar os fundos dos clientes o mais rápido possível.

Na ocasião, a Binance US ofereceu cerca de US$ 1,002 bilhão pelos ativos da Voyager. A maior parte do valor (US$ 1 bilhão) diz respeito aos ativos da Voyager em si, enquanto os US$ 20 milhões restantes são uma fração incremental.

O valor total oferecido pela Binance US foi a maior oferta de aquisição que a Voyager recebeu pelos seus ativos. Vale destacar que a Voyager já tinha um acordo de aquisição com a FTX. No entanto, o negócio se desfez após a exchange colapsar e entrar com pedido de recuperação judicial em novembro de 2022.

Crise da Voyager Digital

A Voyager Digital declarou insolvência em julho de 2022, logo após a crise do colapso da Terra (LUNC), que também afetou o fundo Three Arrows Capital (3AC). O fundo era um dos maiores devedores da Voyager e sua falência deixou a exchange sem liquidez suficiente.

Assim, com poucas reservas, a Voyager teve que paralisar os saques dos usuários para evitar a falência e tentar se recuperar. Mas em julho, devido ao problema dos saques persistirem, a Voyager finalmente declarou insolvência e entrou com um pedido de recuperação judicial, o Capítulo 11.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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