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Em Quezon, nas Filipinas, um fenômeno está em ascensão: o lucrativo mundo dos jogos digitais e criptomoedas. Recentemente, uma novo lan house inaugurada por Joniel Bon testemunhou uma enxurrada de clientes em busca de lucros digitais. Pelo menos, esse foi o movimento registrado pela equipe do The New York Times.
No NFT X Street, os jogadores se reúnem em torno de monitores para mergulhar em títulos populares como Heroes of Mavia e Nifty Island. Mas o que os diferencia dos jogadores comuns é o objetivo claro: ganhar criptomoedas.
Esses jogos, conhecidos por sua mecânica “play-to-earn” (jogue para ganhar), prometem recompensar os jogadores com tokens de criptomoedas por completarem desafios diários. E para muitos filipinos, essa não é apenas uma forma de entretenimento, mas uma fonte de renda substancial.
A retomada da popularidade dos jogos que recompensam os jogadores com criptomoedas marca um retorno aguardado após uma fase de estagnação atribuída a incidentes como hacks e colapsos econômicos em títulos populares, como Axie Infinity. O retorno desse modelo, conhecido como “play-to-earn” (jogue para ganhar), foi destacado pelo The New York Times, que observou o movimento de retorno das lan houses filipinas à efervescência.
Joniel Bon é um exemplo desse ressurgimento. Sua lan house é apenas um indicativo do renascimento das criptomoedas no país, que já foi um epicentro dessa tendência. Segundo a Chainalysis, aproximadamente 30% dos jogadores “play-to-earn” do mundo estão baseados nas Filipinas.
Um dos destaques entre os jovens, o jogo Heroes of Mavia distribuiu recentemente moedas grátis, além de terrenos em NFT, em um airdrop para usuários. Cerca de 100 mil jogadores foram beneficiados, o que elevou o preço dos tokens MAVIA em cerca de 30% após a distribuição.
Outros jogos, como o Nifty Island, Legends of Elysium e Illuvium também anunciaram novos airdrops, aumentando ainda mais o interesse desses jovens.
Contudo, o frenesi em torno dessas atividades também despertou a atenção das autoridades locais, preocupadas com a regulamentação de uma indústria em rápida expansão.
O advento das criptomoedas ganhou destaque nas Filipinas durante a pandemia de covid-19, quando o jogo de videogame se tornou uma forma lucrativa de ganhar tokens digitais, como os da Axie Infinity, que passaram a ser aceitos em estabelecimentos locais.
Embora mais de 40% da população do país não possua conta bancária, a ampla disponibilidade de acesso à Internet permitiu que as criptomoedas se disseminassem, especialmente em áreas rurais.
Entretanto, o mercado em baixa das criptomoedas trouxe consigo desafios, com milhares de filipinos perdendo suas fontes de renda vinculadas aos jogos cripto. Golpes também proliferaram, atingindo tanto os usuários quanto aqueles que investiram tempo e recursos na criação e participação em guildas de jogos cripto.
Embora as criptomoedas tenham se revelado uma oportunidade para muitos filipinos, existe o temor de que uma nova falha da indústria possa levar alguns a buscar alternativas. O futuro dessas moedas digitais nas Filipinas permanece incerto, mas sua resiliência continua a desafiar as expectativas, moldando a economia e as aspirações de muitos no país.
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