O presidente da Venezuela Nicolás Maduro ordenou que um dos maiores bancos do país permita que seus clientes acessem sua polêmica criptomoeda, o Petro, informou a Coindesk na última sexta-feira, 05 de julho.
A notícia foi divulgada pelo Ministério das Finanças da Venezuela na noite de quarta-feira, 03 de julho, em sua conta no Twitter. Maduro deu a ordem durante um evento que marca o décimo aniversário do Banco de Venezuela (BoV). O tuíte traz uma citação de Maduro dizendo:
“Eu dou ordens expressas para que sejam abertas as transações do Petro em todas as agências do Banco da Venezuela.”
Até o momento, o Ministério das Finanças não divulgou mais detalhes sobre esta ordem. Pode-se presumir que a mudança é destinada a permitir que os clientes do banco possam comprar e depositar Petro em suas contas bancárias.
A medida representa o mais recente esforço de Nicolás Maduro para forçar as instituições venezuelanas a aumentarem o uso da criptomoedas endossada por ele. Em abril, exchanges e mesas de negociação (OTC) autorizadas pelo governo começaram a negociar a criptomoeda do país.
Marduro lançou o Petro no início do ano passado com dois objetivos: ser um meio de contornar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e combater a hiperinflação da moeda do país, o bolívar. Desde então, ele ordenou que cidadãos, empresas e bancos usem a criptomoeda – que, segundo o governo, tem seu lastro nas ricas reservas de petróleo do país. Empresas e órgãos estatais também foram estimulados a usar o Petro.
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Ele determinou ainda que os pagamentos das taxas para emissão de passaportes devem ser feitos em Petro. Esse fato trouxe uma grande dificuldade para quem ainda desejava tirar o documento e tentar sair do país, pois a criptomoeda não esteve disponível para uso imediato pela população.
O Petro também está ligado à nova moeda fiduciária nacional, o bolívar soberano, e passou a servir como referência nos preços dos sistemas de pensão e salários.
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