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Plano de reestruturação da Terra (LUNA) é aprovado em votação

Após sete dias de votação, os validadores da Terra (LUNA) finalmente aprovaram o plano de reestruturação da rede. De acordo com o site oficial da proposta, a votação terminou na manhã desta quarta-feira (25).

No total, os validadores deram mais de 305 milhões de votos, o que correspondeu a 83,27% do quórum total. O “sim” ganhou com 200,4 milhões de votos – 65,5% dos votos válidos. Outros 64,2 milhões de votos se abstiveram (20,98%), enquanto 40,3 milhões (13,2% dos votos) rejeitaram a proposta.

O Orion.money, maior validador e responsável por 9,68% dos votos, se absteve da votação. No entanto, apenas oito validadores se abstiveram, enquanto 42 votaram a favor, o que compensou o peso unitário do Orion.

Apesar do grande quórum em termos de votos, a adesão dos validadores foi muito baixa. Dos 146 validadores da LUNA, 92 não votaram, incluindo alguns dos que possuem o maior peso na rede. Somente três deles votaram contra.

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Resultado da votação que vai reestruturar a Terra. Fonte: Terra Station.

Com a proposta aprovada, a rede Terra será dividida em duas por meio de um hard fork. A Terra Classic será a rede antiga, enquanto a nova blockchain continuará com o nome de Terra. Esta divisão está prevista para ocorrer na sexta-feira (27).

Entenda a proposta

Criada por Do Kwon, CEO da Terraform Labs, a proposta tem como objetivo recuperar a credibilidade da Terra após o colapso do token LUNA e da stablecoin UST. Além da reestruturação, a proposta também acaba com a UST, deixando apenas o LUNA.

Lançada em 17 de maio, a proposta foi rejeitada de pronto pela comunidade. Em uma votação preliminar, 90% das 1.590 pessoas que responderam uma enquete sobre a proposta rejeitaram a divisão da rede. Todavia, Kwon submeteu-a para aprovação dos validadores mesmo assim.

Durante os sete dias de votação, o “sim” liderou praticamente todo o tempo. A princípio os índices de aprovação superavam os 90%, mas conforme os validadores votavam a aprovação ficava menor. Por fim, 65,5% dos votos ficaram a favor.

Além disso, a proposta sugere um airdrop de tokens para os apoiadores do ecossistema. Quem ainda tem LUNA, que receberá o nome de Luna Classic (LUNC), ganhará novos tokens LUNA proporcionalmente. Os detentores de UST também ganharão os novos tokens.

Mudanças na distribuição

No total, o airdrop distribuirá 1 bilhão de novos tokens, divididos da seguinte maneira:

  • 25% – Pool da comunidade, controlado por governança;
  • 1% – Alocação emergencial de desenvolvedores essenciais;
  • 4% – Desenvolvedores essenciais;
  • 35% – Todas as LUNA vinculadas/desvinculadas, menos a TFL no snapshot “pré-ataque”;
  • 10% – Detentores de Luna no snapshot “lançamento”;
  • 25% – Detentores de UST no snapshot “lançamento”.

Simultaneamente, 20% dos tokens também iria para quem possui UST, mas Kwon reduziu este percentual para 15%. De acordo com o CEO, a modificação atende a demandas da própria comunidade, mas foi criticada por ter sido feita com a votação já em andamento.

Por fim, a proposta também prevê que a carteira do Terraform Labs (TFL), responsável pelo ecossistema, seja removida da lista de permissões para o airdrop. Ou seja, isso tornaria a rede Terra uma cadeia totalmente de propriedade da comunidade.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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