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Pix Crédito: uma das mentes por trás do Pix explica como funcionará serviço estudado pelo BC

O Pix é um verdadeiro sucesso entre os brasileiros. Seu uso cresceu 118% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, segundo dados do Banco Central (BC).

Agora, o BC quer expandir as possibilidades do Pix, e estuda o lançamento do Pix Crédito. Trata-se de uma modalidade que pode competir com as operações com cartão de crédito.

O Itaú Unibanco planeja oferecer o Crédito via Pix e teve seu projeto selecionado para fazer parte do sandbox regulatório do BC, conforme noticiado pelo Valor Econômico.

De acordo com Carlos Netto, CEO da empresa focada em soluções digitais Matera, o Pix Crédito mostra como o Pix pode virar um “trilho universal de transferência de recursos no Brasil”.

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Netto, também conhecido como TK, afirma isso com a propriedade de quem participou do grupo de trabalhos no BC para o desenvolvimento do Pix.

Em entrevista ao CriptoFácil, TK explicou como deve funcionar o pagamento com o Pix Crédito, que poderia competir com o parcelado sem juros.

Pix Crédito: como vai funcionar?

Na prática, disse TK, o lojista receberia o pagamento em menos de 10 segundos, como ocorre com o Pix normal. O cliente, por sua vez, só efetuaria o pagamento em um dia fixo no mês:

“Seria bem similar ao tradicional cartão de crédito. Só que em vez do comerciante receber em 30 dias, ele recebe à vista, em poucos segundos. Também haverá possibilidade de parcelamento. Neste caso, o lojista pode continuar recebendo à vista enquanto o consumidor paga em ‘n’ parcelas”, explicou.

Custos de operação

Com relação aos custos da operação, TK observou que é bem provável que se mantenha a lógica existente hoje nos cartões de crédito, em que o lojista paga pela operação embutindo os custos no preço dos produtos. No entanto, os custos seriam bem menores, segundo ele.

“Manter a mesma lógica facilita aos usuários e comerciantes compararem um instrumento com o outro”, completou TK.

Com um custo menor e recebimento quase imediato, a opção de crédito poderia alavancar o uso do Pix no comércio, principalmente aquele que atende a classe média que possui cartão de crédito. Mas, para isso, os lojistas precisam oferecer mais benefícios aos usuários:

“Os ex-não bancarizados e quem tem cartão de débito já aderiu bastante ao Pix. Mas as pessoas que ganham benefícios por usar o cartão de crédito continuam fiéis a este instrumento. Se o Pix oferecer mais benefícios para o usuário, este deverá ampliar o uso do Pix no comércio”, apontou TK.

Benefícios do Pix Crédito aos usuários

Conforme destacou TK, os usuários do Pix Crédito poderiam ser beneficiados pela transferência de receita que haverá nesse novo sistema.

Afinal, parte da receita que hoje fica com as adquirentes vai migrar para os emissores de cartão. Consequentemente, isso poderia até mesmo dobrar a receita dessas empresas. 

Então, de forma sustentável, essas instituições poderiam, por exemplo, oferecer o dobro em milhas/pontos para o uso do limite de crédito via Pix.

Por fim, o CEO da Matera ressaltou que a implementação do Pix Crédito ampliaria ainda mais o uso do Pix:

“Além do crédito, benefícios trabalhistas, despesas corporativas, premiações e várias outras coisas podem ser pagas via Pix, simplificando muito a vida das empresas e aumentando a concorrência. Os mecanismos de arrecadação também devem convergir, sendo o Pix a forma de cobrança de água, luz, tributos, taxas, entre outras. Naturalmente, a critério de cada empresa, estas cobranças poderão aceitar pagamento com Pix Crédito.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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