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PF busca cúmplices de Glaidson da GAS em condomínio de luxo no Rio

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram, na manhã desta quinta-feira (9), a segunda fase da Operação Kryptus. O objetivo é cumprir dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva na capital do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo juiz da 3ª Vara Criminal Federal, Vitor Barbosa Valpuesta.

Um dos alvos da operação é o “corretor das celebridades” Michael de Souza Magno. Ele é apontado como operador financeiro da suposta pirâmide de criptomoedas GAS Consultoria Bitcoin, liderada pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, preso em 25 de agosto.

De acordo com o jornal EXTRA, os agentes federais estiveram no apartamento de Magno nesta manhã, mas não o encontraram.

Além dele, o outro alvo da ação é o empresário João Marcus Pinheiro Dumas Viana, que também não foi encontrado até o momento da publicação desta matéria.

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“Corretor das Celebridades” é alvo de operação

No relatório da Operação Kryptos, obtido pelo GLOBO, o corretor aparece como um importante operador da GAS, embora não haja um vínculo formal entre ele e Glaidson.

Contudo, a PF afirma que Magno era ligado ao casal Tunay Pereira Lima e Marcia Pinto dos Anjo. Ambos foram presos na primeira fase da operação e eram sócios de Glaidson.

Nas redes sociais, Magno era conhecido por negociar imóveis para celebridades. Ele aparece em fotos com Bruno Gagliasso e Nilvea Stelmann.

Além disso, ele teria feito negócios com Eri Johhson, Preta Gil e os jogadores de futebol Nenê, Henrique Dourado e Giovanni Augusto.

O corretor ostentava uma vida luxuosa nas redes e se vangloriava de já ter vendido um imóvel por R$ 20 milhões.

No entanto, segundo o relatório, Magno também tinha envolvimento com a suposta pirâmide de Glaidson, sediada em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.

De acordo com a PF, o corretor estava articulando a saída do ex-garçom do Brasil para evitar a prisão. Em uma escuta telefônica, realizada com autorização da Justiça, Magno conversa com um homem não identificado no dia 23 de agosto, dois dias antes da prisão.

“Ele já sabia que ele tinha que sair do país rápido”, afirmou o interlocutor, referindo-se a Glaidson. O corretor, então, diz: “Já era pra ter ido embora, cara, pra ‘tá’ bem longe daqui. Aí fica no Rio, fica indo em resenha, fica indo não sei aonde, vai pra festa”.

Apesar desses diálogos, a defesa do ex-garçom garante que ele não tinha intenção de fugir do Brasil. Os advogados alegam que ele ia viajar para Punta Cana, na República Dominicana, para um evento da GAS.

Sobre a primeira fase da Operação Kryptos

Conforme noticiado pelo CriptoFácil, na primeira fase da Operação Kryptos, a PF realizou a maior apreensão da história do Brasil.

Foram apreendidos R$ 150 milhões em criptoativos, que serão liquidados e ficarão à disposição da justiça. Além disso, a PF encontrou cerca de R$ 13 milhões em espécie na casa de Glaidson.

Apesar de o valor parecer alto, ainda está muito abaixo dos R$ 38 bilhões que o ex-garçom teria movimentado com o esquema.

Sua empresa prometia rendimentos de até 15% ao mês sobre supostas aplicações em criptomoedas. Entretanto, as investigações concluíram que Glaidson não investia o dinheiro dos clientes, de fato, em Bitcoin.

Segundo as investigações, os rendimentos eram pagos com os aportes dos novos clientes da empresa, algo característico das pirâmides financeiras.

Receita rastreia operações com criptomoedas, diz auditor

De acordo com o auditor fiscal Michel Lopes Teodoro, que integra a força-tarefa que investiga as movimentações suspeitas da GAS, não é ilegal negociar criptomoedas no Brasil.

No entanto, segundo ele, algumas pessoas acham que as transações com moedas digitais podem ser ocultadas dos órgãos fiscalizadores. Por isso, fazem operações ilícitas com criptoativos.

“Essa falsa percepção faz com que muitas delas (que ganham dinheiro com caixa dois, lavagem de dinheiro e transações ilegais) coloquem os montantes em criptomoedas na tentativa dessa ocultação. É equivocado. Conseguimos fazer o rastreio”, garantiu o auditor.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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