DeFi

Opensea e os royalties de criadores

A OpenSea anunciou, em 6 de novembro, por um blog post e do Twitter que, introduziria uma ferramenta para novas coleções de taxas de criador (royalties de artistas) em sua plataforma.

A ferramenta é um código que representa a primeira tentativa da OpenSea de aplicação de royalties em transações NFT. Dessa forma, a empresa deu a si mesma um mês para se posicionar com firmeza sobre como lidaria com a cobrança de royalties para cobranças existentes, incluindo royalties opcionais e 0% de royalties. Após uma reação intensa e oposição gritante à proposta da comunidade NFT, a OpenSea anunciou, no entanto, em 9 de novembro, que continuaria a cobrar taxas de criador para todas as coleções existentes.

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Por que isso é relevante?

O debate sobre royalties na comunidade NFT é uma das discussões mais importantes e consequentes do espaço. Amplamente considerado um dos princípios da Web3, os royalties permitiram que os artistas se sustentassem de uma forma que antes não era possível. Por meio de uma combinação de ganhar dinheiro por meio de vendas primárias e receber um pequeno valor toda vez que seu NFT muda de mãos. Eles ajudaram a tirar as pessoas da pobreza, pagar empréstimos e ganhar independência econômica. Isso para não falar dos inúmeros projetos NFT envolvidos na construção e manutenção de subcomunidades inteiras com base nessas taxas.

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Em outubro, a OpenSea pagou mais de 1,8 bilhão de dólares a criadores de coleções NFT no Ethereum. Notavelmente, a maioria dos royalties foi paga a criadores por uma grande margem, mas não são obrigatórios. Em outras palavras, cabe aos marketplaces oferecê-los. Por exemplo, mercados como sudoswap e X2Y2 não oferecem royalties.

O anúncio da OpenSea resultou em uma explosão de comentários de quase todas as figuras proeminentes no espaço NFT. Enquanto muitos ficaram felizes com o fato de a OpenSea ter decidido apoiar artistas e novas coleções, introduzindo uma ferramenta que restringe as vendas NFT a mercados que impõem taxas aos criadores, muitos outros ficaram consternados por aparentemente estar abandonando suas coleções existentes. Essas coleções, observou a comunidade, foram parte do motivo pelo qual o OpenSea cresceu e se tornou o mercado NFT número 1, na Web3.

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O que vem a seguir?

Para crédito da OpenSea, a empresa e seu CEO foram receptivos às frustrações da comunidade com a notícia. Finzer passou dias fazendo rondas no Twitter Spaces, respondendo a perguntas de uma base de usuários compreensivelmente agitada. E embora nem ele, nem o Twitter da empresa tenham sido inicialmente muito úteis para esclarecer o que exatamente aconteceria com as coleções existentes após 8 de dezembro, eles decidiram ouvir a voz dos criadores e colecionadores que alimentam sua plataforma.

O movimento é animador. Apesar de que os mercados (incluindo o OpenSea) que oferecem recompensas aos criadores ainda precisem melhorar para consagrar de fato os direitos do criador. Por fim, o fato de a comunidade NFT conseguiu influenciar uma das maiores organizações do setor é uma conquista que não deve ser subestimada.

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Gabriel Madureira

Estudante de ciência e tecnologia na UNIFESP, possui 3 anos de experiência em criptomoedas e 6 anos no mercado tradicional. Trabalha também produzindo conteúdo sobre DeFi nas redes sociais.

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