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A guerra na Ucrânia ainda não acabou, e as criptomoedas continuam a ajudar pessoas prejudicadas durante o conflito. De acordo com um anúncio da Stellar Development Foundation (SDF), a organização trabalhará para fornecer ajuda humanitária aos ucranianos.
Essa ajuda envolverá uma parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) para testar um sistema de desembolso de dinheiro digital. Esse sistema, desenvolvido pela Stellar (XLM), facilitará o envio de ajuda a ucranianos afetados pela guerra.
A ACNUR é a agência das Nações Unidas encarregada de proteger refugiados e deslocados por perseguições ou conflitos políticos. Nesse sentido, a agência ajuda ucranianos que tiveram que fugir do país desde o início da guerra, em fevereiro.
Conforme o anúncio oficial, a ACNUR ficará responsável por desembolsar os recursos para a ajuda humanitária. A Stellar, por sua vez, se concentrará em fornecer esse dinheiro de forma instantânea e descentralizada, através do projeto “Stellar Aid Assist”.
Para isso, a Stellar contou com outros parceiros de peso no mercado de transferências. Entre eles estão a Circle, emissora da stablecoin USDC, e a gigante MoneyGram. Outro parceiro é o aplicativo de carteira Vibrant, que atuará como meio de recebimento dos fundos.
De acordo com o site do projeto, o Stellar Aid Assist já está sendo usado “para fornecer aos ucranianos qualificados” assistência financeira. Ou seja, quem souber utilizar um smartphone já pode receber recursos em USDC direto pelo seu aparelho.
“Os ucranianos qualificados podem se registrar em uma organização de assistência participante para receber ajuda de assistência digital por meio da carteira Vibrant e obter os fundos em dinheiro nos locais participantes da MoneyGram”, diz o site.
Graças à Stellar e ao Vibrant, a ONU pode enviar dinheiro mais rápido e mais barato do que os canais tradicionais. As taxas por meios tradicionais, por exemplo, podem custar até 30% mais caro do que por meio de stablecoins.
Quando o assunto é ajuda humanitária, essa diferença é muito relevante. O valor pode significar a diferença entre uma refeição diária ou a compra de mantimentos.
Além disso, a infraestrutura bancária ucraniana sofreu com a guerra, incluindo restrições e limites de saques. Com isso, muitos cidadãos do país não conseguiram utilizar os bancos ou não quiseram depender deles. E uma solução que dispense o sistema bancário é muito importante nesse contexto.
Essas doações em dinheiro entregues digitalmente visam fornecer uma alternativa ao manuseio de dinheiro fiduciário em um momento de grande risco para armazenar ou movimentar dinheiro.
Por fim, quanto a MoneyGram, a empresa permite que os cidadãos ucranianos poderão receber sua assistência com efeito, “mesmo que (eles) não tenham uma conta bancária ou um cartão de crédito ou débito”. Outra função da empresa é trocar as USDC por dólares ou outra moeda fiduciária, que estará disponível para todos os ucranianos.
Ao passo que a guerra se arrasta e está prestes a completar um ano, a necessidade de ajuda humanitária se faz presente. Nesse sentido, a Stellar e o International Rescue Committee (IRC) ajudaram 33 das 100 pessoas que esperam alcançar antes do final do ano.
Esse número parece baixo, mas foi o total de pessoas que as organizações ajudaram somente em dezembro. a IRC é uma ONG criada para ajudar pessoas perseguidas por motivos políticos, religiosos ou étnicos.
Uma das vantagens de usar o Stellar Aid Assist para enviar dinheiro a pessoas necessitadas é o uso da blockchain para rastrear o processo. Dessa forma, a Stellar previne qualquer roubo ou desvio de fundos, identificando qualquer possibilidade de fraude.
Logo, a solução oferece maior transparência sobre o uso dos fundos todos os doadores. Ao mesmo tempo, oferece aos refugiados a segurança de que poderão contar com o dinheiro.
Karolina Lindholm Billing, representante da ACNUR na Ucrânia, disse estar muito satisfeita com o fato de ambas as organizações terem escolhido a Ucrânia para testar o Stellar Aid Assist “para que possa beneficiar muitos milhares de pessoas que precisam de assistência como resultado da guerra”.
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