O The Merge, que ativou o mecanismo de consenso de Prova de Participação (PoS) no Ethereum, também impactou o Bitcoin. De acordo com o site Data Always, boa parte dos mineradores que estavam minerando ETH passaram para o BTC.
Segundo um artigo do portal, a migração dos mineradores do ETH para o BTC ajudou a “segurar” o hashrate do Bitcoin. No entanto, não foi exatamente o poder computacional que migrou.
O artigo explica que embora os mineradores possam ter migrado do ETH para o BTC o mesmo não ocorreu com os hardwares. Isso ocorre, pois para minerar Ethereum os mineradores usavam placas de vídeo (GPU). E, embora seja possível usar GPUs para minerar Bitcoin, esse método não é mais lucrativo.
The Merge e o Bitcoin
Dessa forma, o que migrou do Ethereum para o Bitcoin não foi o hashrate em si, mas sim a energia utilizada para minerar. Ou seja, ao fecharem contratos de fornecimento de energia e com o The Merge ativado, estes mineradores passaram a usar sua energia para minerar Bitcoin.
Claro que isso também significou um aumento do hashrate, mas não com o mesmo equipamento usado para minerar ETH. Segundo a Data Always, a energia migrou para a mineração de BTC e as GPU, em sua maioria, para a mineração de outras criptomoedas e para o mercado de segunda mão.
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Para justificar sua análise, a empresa mostrou que, algumas semanas após o The Merge, o hashrate do Bitcoin teve um aumento significativo.
“Isso se reflete mais claramente no aumento da dificuldade de mineração no ajuste de meados de outubro”, destacou.
O autor do artigo Data Always reconheceu que esse aumento no hashrate do Bitcoin pode não ter 100% de relação com o The Merge. No entanto, ele acredita que cerca de metade do poder de mineração que chegou ao Bitcoin naqueles dias veio “by The Merge”.