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O que aconteceu com a A2 Trader após um ano?

A A2 Trader é uma empresa que prometia aos clientes grandes retornos financeiros sobre supostos investimentos em Bitcoin. Seu dono é Kleyton Alves, que não paga os investidores desde meados de 2019.

Tanto Alves quanto a A2 são investigados pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte. O órgão apura a ocorrência de fraude e formação de pirâmide financeira.

Estima-se que a empresa tenha lesado mais de 20 mil pessoas, causando um prejuízo total de R$ 7,5 milhões.

Entenda a trajetória da A2 Trader

A promessa para quem queria apostar na A2 Trader e entrar no esquema era de lucros diários de 4% sobre investimentos em criptomoedas.

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Supostas bonificações, indicações e outros benefícios também integravam a oferta de Marketing Multinível da A2.

Também conhecida como A2 Trader Investimentos, a empresa e seu dono não tinham autorização da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) para atuar.

Por isso, em setembro de 2019, a autarquia abriu um Processo Administrativo para investigar as operações da A2. 

Cerca de dois meses depois, em novembro, Alves anunciou o fim da empresa. No mesmo mês, a sede da A2 foi invadida por investidores que aplicaram valores na companhia, mas que estavam enfrentando dificuldades para recuperá-lo. 

Além disso, os clientes ficaram indignados com as declarações de Kleyton Alves sobre o encerramento da empresa.

Nas redes sociais, o dono da A2 informou que a empresa tinha chegado ao fim. No entanto, não deixou claro se devolveria o dinheiro dos investidores ou não.

Assim, durante a invasão, os clientes furtaram computadores, frigobar, televisores e outros bens — além de depredar as instalações.

Disputa judicial com a Urpay

Em janeiro de 2020, Alves disse no Instagram que havia vencido uma causa judicial contra a Urpay. Segundo ele, a plataforma que processava os saques dos investidores teria bloqueado os R$ 9,8 milhões da A2.

Então, para regularizar os atrasos, ele disse que só estava esperando a execução da sentença.

Ainda em janeiro, o Ministério Público do Rio Grande do Norte abriu um inquérito civil para investigar a A2 Trader e Alves.

Isso porque, segundo o órgão, haviam “informações de prática de pirâmide financeira, mediante o pagamento de valores a pessoas pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema”.

Pouco tempo depois, em março, Kleyton Alves, voltou às redes sociais para reafirmar aos investidores que o dinheiro deles ainda estava com a Urpay.

Além disso, comentou que havia 21,5 mil investidores da A2 Trader para receberem cerca de R$ 7,5 milhões. Na ocasião, também disse que ele mesmo tinha R$ 2 milhões “presos” na Urpay.

Alves promove 3l Investimentos

Mesmo sem pagar os investidores, Alves passou a promover, em abril deste ano, um novo negócio. 

Segundo ele, a 3l Investimentos é a “melhor empresa do mercado forex, com as melhores soluções para os seus investimentos”.

A promessa dele era usar o dinheiro da 3I para pagar os prejuízos da A2, mas ao que parece, isso não aconteceu.

Reclame aqui

Na plataforma Reclame Aqui, há queixas contra Alves e as empresas A2 e a 3I. Umas delas foi feita há cerca de uma semana e diz:

“Investi na A2 trader 15 mil reais e nunca vi a cor do meu dinheiro. O kleito Alvez da silva (sic) está abrindo outra empresas para enganar e [Editado pelo Reclame Aqui] mais gente.”

Outra reclamação menciona explicitamente a 3I Investimentos. O investidor reclama que Alves não cumpriu sua promessa de pagar os clientes lesados pela A2 com dinheiro da 3I:

“Depois do fechamento da A2trader, o senhor Cleiton Alves abriu outra empresa por nome a 3i investimentos e prometeu que, com lucros dessa nova empresa, ele ia pagando aos poucos os envestidores da A2trader que até hoje também não pagou ninguém (sic)”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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