O presidente da A2 Trader Kleyton Alves publicou em seu Instagram no dia 08 de janeiro um breve texto no qual afirma ter ganho uma causa no valor de R$9,8 milhões da empresa de pagamentos Urpay. Além disso, Alves justifica o atraso nos pagamentos afirmando que boa parte do capital utilizando pela empresa para investir no mercado forex foi utilizado para pagar investidores, restando apenas uma “parte menor” para operar e seguir com os pagamentos.
Segundo Alves, a plataforma utilizada para processar saques dos investidores da A2 Trader, a Urpay, teria bloqueado R$9,8 milhões da empresa. Após uma suposta contenda judicial, a A2 Trader venceu a Urpay e agora aguarda a execução da sentença.
Quanto aos pagamentos por meio de rendimentos no mercado forex, aparentemente os mesmos não estão ocorrendo. No site Reclame Aqui, até hoje investidores com valores bloqueados na A2 Trader pedem o ressarcimento de seus valores.
Algumas horas após a publicação feita por Alves, o presidente da A2 Trader desativou seu Instagram, pois a rede social tem lhe gerado “muita perturbação desnecessária”. Contudo, a imagem do comunicado foi salva por diversos investidores, e um deles publicou a mesma em um vídeo do YouTube.
Ira dos investidores
A A2 Trader prometia rendimentos de 4% ao dia sobre investimentos com Bitcoin. No início de novembro de 2019, em meio a um cenário em que a empresa já não estava processando saques de seus investidores, Alves afirmou nas redes sociais que a empresa teria chegado ao fim – sem elucidar como os investidores recuperariam seus valores devidos.
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Conforme noticiado pelo CriptoFácil à época, os investidores se irritaram com a reticência do presidente da A2 Trader e começaram a quebrar a sede da empresa. Alguns investidores até mesmo saquearam objetos no meio da confusão. Alves seguiu alegando que pagaria seus clientes e se comunicaria frequentemente, porém, antes da publicação em seu Instagram o presidente da A2 Trader pouco se manifestou.
É importante ressaltar ainda que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda está com um processo administrativo em aberto para investigar a A2 Trader e Kleyton Alves, uma vez que a empresa não possuía registro junto à autarquia para oferecer os produtos que disponibilizava ao público.
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