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Nota de R$ 200 não significa retrocesso no combate à lavagem de dinheiro, diz Banco Central

Muitos especialistas apontaram que a criação de uma cédula de R$ 200 facilitaria a prática de crimes, como a lavagem de dinheiro, no Brasil.

No entanto, a diretora de administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, refuta essa possibilidade.

Foco é controlar uso do dinheiro em espécie

Como noticiou o Valor Econômico nesta sexta-feira, 21 de agosto, a diretora do Bacen afirmou que o lançamento da nova nota de R$ 200 não significa retrocesso na estratégia de combate à lavagem de dinheiro:

“Nos fóruns internacionais contra a lavagem de dinheiro, não aparece a sugestão de retirar cédulas de alta denominação de circulação. O foco é aumentar os controles no uso de dinheiro em espécie.”

Ela explicou que a partir do dia 1º de outubro, entrarão em vigor regras mais duras nesse sentido. Assim, os bancos terão que identificar, por exemplo, quem movimenta mais de R$ 2 mil em espécie.

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Além disso, quem sacar a partir de R$ 50 mil terá que informar a finalidade do dinheiro. Já os depositantes terão que comprovar sua origem,

Dessa forma, para Barros, será possível dificultar a prática de crimes sem afetar negativamente quem fizer o uso de dinheiro de forma lícita. 

Notas altas facilitam atividades criminosas

Segundo o Valor, um dos principais defensores da retirada de cédulas de maior valor de circulação é Kenneth Rogoff.

O economista estadunidense da Universidade de Harvard afirma que notas de US$ 100 facilitam atividades criminosas.

Esse valor, com a cotação do momento da escrita desta matéria, corresponde a R$ 560. Portanto, a cédula de R$ 200 seria equivalente a cerca de US$ 36.

Para dificultar as práticas desse tipo de crime, o Banco Central Europeu (BCE) parou de imprimir a cédula de 500 euros em 2018. No entanto, as notas em circulação ainda valem.

Para Barros, a retirada das notas de R$ 100 em circulação no Brasil causaria um problema enorme de logística.

Ademais, não resolveria o problema da criminalidade.

“Simplesmente migraria para as notas de R$ 50”, observou.

Chegada da CPMF?

A diretora do Banco Central ainda rebateu a possibilidade da nota de R$ 200 ser um prenúncio da chegada da CPMF, como apontou o ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

“Não tem relação com CPMF ou qualquer outro imposto sobre transações nem com a inflação. O único propósito é atender à demanda da população por dinheiro”, defendeu Carolina.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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