O Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou a criação de um grupo de estudos sobre moedas digitais. A informação foi divulgada pela autarquia ao G1 na quinta-feira, 20 de agosto.
Alguns detalhes sobre o grupo foram liberados. Seu objetivo será o de identificar riscos e propor um modelo para emissão de moeda digital no Brasil.
Com isso, o Bacen fornece mais um passo na criação de um “real digital”. A medida faz parte dos avanços da agenda digital do banco, cujo principal avanço foi o anúncio do PIX.
Bacen deseja aprimorar transações no Brasil
Na nota ao G1, o Bacen citou as moedas digitais de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês). O banco ressaltou que elas podem aprimorar as transações digitais entre pessoas e até entre países.
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O Bacen também destacou que as moedas digitais emitidas por bancos centrais não funcionam como o Bitcoin, por exemplo. Para o banco, este seria um exemplo de “criptomoedas sem garantia”, enquanto as CBDCs são endossadas pelos bancos centrais.
Por fim, o Bacen afirmou que a moeda pode servir como melhoria aos sistemas já propostos, e voltou a citar o PIX.
“A iniciativa avaliará, também, como uma moeda eletrônica pode trazer benefícios complementares aos que estão sendo introduzidos com a implantação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos, que começa a funcionar em novembro”, informou o Bacen.
Caso seja aprovada, a moeda digital estudada poderá ser incluída na política monetária do país.
Bancos centrais avançam seus estudos
O Bacen junta-se a um seleto grupo de bancos centrais que já estudam os impactos das CBDCs. Em junho, o Federal Reserve (Fed) afirmou que elas poderiam substituir o sistema financeiro no futuro.
Aliás, o PIX já está sendo visto como uma alternativa mais rápida e barata às transferências bancárias via DOC ou TED.
A discussão sobre dinheiro digital tem ganhado força no Brasil. O Projeto de Lei 48/2015, proposto pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG) propõe a extinção do dinheiro em espécie no país. Uma CBDC poderia acelerar esse movimento.
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