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NFTs Ordinals estão sendo usados para aplicar ataques DDoS no Bitcoin

O uso crescente dos NFTs Ordinals para registrar NFTs na blockchain do Bitcoin está causando preocupação entre desenvolvedores e operadores de nós.

Isso porque há denúncias de que o protocolo está sendo usado para perpetrar ataques DDoS na rede Bitcoin. Um usuário identificado como Unhosted Marcellus #371 afirma que a transmissão em rede de um lote de 5.500 NFTs Ordinals é uma prova de que as inscrições não estão sendo usadas por pessoas comuns, mas sim para um ataque DDoS.

Um ataque DDoS é, resumidamente, uma forma de comprometer a estabilidade e disponibilidade de um serviço, enviando solicitações de diferentes pontos da rede para sobrecarregar os servidores.

De acordo com Marcellus, a transmissão desse lote de NFTs foi contida pelos nós do Bitcoin usando o protocolo Ordirespector, que permite encontrar e rejeitar transações Ordinals.

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No entanto, o lote foi aceito por outros nós e suas inscrições foram realizadas na rede Bitcoin. Portanto não é possível identificar se as alegações de Marcellus são verdadeiras ou apenas parte do argumento de críticos aos NFTs no BTC.

Marcellus afirma que as inscrições degradam o desempenho do Bitcoin para todos os usuários, impondo taxas mais altas e tempos de confirmação mais longos. Além disso, os operadores de nó enfrentam custos operacionais mais elevados.

Congestionamento no Bitcoin

O congestionamento da rede Bitcoin alcançou níveis históricos no dia 24 de março, com mais de 70.000 transações acumuladas e um peso total de 1 GB. Isso afetou negativamente os usuários, que viram um aumento nas taxas para confirmar transações.

A resposta de muitos operadores de nó foi usar o patch Ordirespector. No entanto, há opiniões divergentes sobre esse método de filtragem de transações que incluem inscrições de Ordinals.

Alguns o consideram uma forma de censura, enquanto outros argumentam que é uma forma de evitar o que poderia ser considerado spam no Bitcoin.

Luke Dashjr, idealizador do patch Ordirespector e contribuinte para o desenvolvimento do Bitcoin, explicou que o filtro de spam apenas impede que pessoas forcem outras a baixarem jpegs contra sua vontade.

Quando questionado sobre a diferença entre censura e filtragem de inscrições, Dashjr afirmou que a censura impediria a publicação dos jpegs e que não há nenhuma negação de acesso a um meio de publicação específico, já que o Bitcoin não é um meio de publicação.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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