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MIT propõe solução para supervisão de pools de mineração

Enquanto muitos entusiastas de criptomoedas criticam a centralização da mineração do Bitcoin em ASIC eles esquecem um player ainda mais importante.

Isso porque quem realmente detém o poder de mineração não são as fazendas, mas as pools nas quais as fazendas se conectam. E essas pools, até então, não possuem supervisão.

Entretanto, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) quer mudar isso.

Segurança da rede em risco

Em um artigo publicado no Medium, os desenvolvedores DCI Gert-Jaap e Neha Narula expressaram sua preocupação de que não haja uma ferramenta pública para a supervisão das pools de mineração de Bitcoin.

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Portanto, eles argumentam que elas são a parte mais importante na segurança da rede:

“Fiquei surpreso ao saber que mesmo com a criptomoeda mais importante, e uma em que todos levam a segurança a sério, não encontramos nenhuma supervisão pública das pools de mineração… Certamente existem outros vetores de ataques, como roubo de chaves ou contratos com erros que tornam os fundos vulneráveis. No entanto, temos que verificar se as camadas de base e a rede estão seguras, ou tudo o mais está em risco”, disse Neha Narula.

Segundo os autores, o operador da pool escolhe as tarefas a realizar e as distribui. Isso quer dizer que os mineradores não escolhem qual conteúdo do bloco vão minerar. Já que recebem apenas os cabeçalhos dos blocos, não as transações.

Stratum V2

Esse fato contrasta com o minerador que gerencia um nó completo e trabalha de forma independente.

Também há diferença com os mineradores que usam o novo protocolo de mineração Stratum v2 , com o qual podem tomar algumas decisões sobre o conteúdo do bloco a ser minerado.

Mas, em geral, os mineradores extraem o que a pool aloca a eles.

“Isso é arriscado: os operadores da pool controlam grandes quantidades de taxa de hash e podem conduzir ataques como gastos duplos e mineração egoísta sem que os mineradores saibam. Ou um operador de pool pode redirecionar a taxa de hash de um minerador para outra criptomoeda que ele emprega com o mesmo algoritmo de mineração”, alega.

Pool Detective

Desta forma, a proposta do MIT é a implantação do ‘Pool Detective’.

Há um ano, sob a coordenação de Gert-Jaap, o MIT iniciou o desenvolvimento do software que permitiria a supervisão de alguns aspectos das pools de mineração.

Lançada agora, a ferramenta registra o tráfego entre a pool e o hardware de mineração.

“Também registramos os dados sobre a propagação dos blocos na rede ponto-a-ponto e também validamos blocos com um nó completo para cada uma das criptomoedas que monitoramos”, explica o MIT.

Assim, segundo o MIT, o Pool Detective pode detectar comportamentos inadequados, como mineração egoísta e prova de execução de trabalho em outra blockchain.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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