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Mineradores podem ser prejudicados na China com aumento de energia elétrica

Os mineradores de Bitcoin da China não estão “navegando em águas calmas” em 2020.

Depois de problemas com atraso em equipamentos devido ao coronavírus, acabaram recebendo máquinas defeituosas, os S17 da Bitmain. Isso sem contar a queda no valor do Bitcoin durante a “quinta-feira negra”.

Não bastasse isso, o halving veio para reduzir pela metade a recompensa na mineração, mas não veio seguido, até o momento, por uma alta nos preços.

Além de tudo, para complicar ainda mais a situação, as principais regiões de mineração na China, Sichuan e Xinjiang estão com “problemas” energéticos.

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Atraso nas chuvas

No caso de Sichuan houve um atraso na estação chuvosa e, com isso, a geração de energia está prejudicada na região. Assim, algumas cidades estão revendo os contratos energéticos com mineradores para dar preferência à fábricas e à população.

Já em Xinjiang, outro polo de mineração no país, as cinco empresas elétricas estatais da China anunciaram a formação de um conglomerado. Desta forma, nas províncias de Gansu, Shaanxi, Qinghai, Ningxia e Xinjiang, haverá uma união das empresas de geração de energia térmica.

Assim, de acordo com um documento da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos do Estado, o  monopólio das empresas estatais pode levar ao aumento da carga elétrica.

Portanto, esta união pode acabar deixando um impacto negativo no setor de mineração de criptomoedas na província de Xinjiang.

“Diferente da província de Sichuan e Yunnan, existem poucas fazendas de mineração com fornecimento direto de energia na província de Xinjiang, mas há mais fazendas de mineração com fornecimento de energia na rede estadual”, disse um membro de uma fazenda de mineração de Bitcoin na província de XinJiang.

Preço deve subir

Antes da união das empresas de energia havia uma competição, principalmente no preço, afim de capturar novos clientes. Contudo, agora, com a formação de um conglomerado semelhante ao da State-Grid-Corporation, o preço da energia na região deve subir.

Durante o ano de 2017, o governo local de Xinjiang foi relativamente tolerante e havia muitas fazendas de mineração com fornecimento direto de energia. Além disso, o preço do Bitcoin permaneceu alto naquela época.

Porém, quando o preço da eletricidade começou a subir em 18 meses, o governo reforçou a supervisão, e o custo da eletricidade da rede foi superior a R$ 0,20 kW / h. Para piorar, a expectativa é que haja um aumento para mais de R$ 0,25 kW/h até o final do ano.

Como a maioria das usinas a carvão de Xinjiang está em prejuízo, o governo central também as integra com o objetivo de transformar a perda em lucro, de modo que há uma forte expectativa de aumento dos preços da eletricidade.

Mas metade das usinas termelétricas está em déficit. Comparado à província de Sichuan e Yunnan, o preço da energia térmica na província de XinJiang é mais alto, pois há altos custos de construção, manutenção e depreciação de ativos fixos.

Portanto, o aumento do preço da energia térmica em Xinjiang pode ser uma tendência inevitável no futuro.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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