Os principais assessores políticos chineses propuseram uma moeda digital regional para a Ásia. A princípio, a stablecoin será lastreada em quatro importantes moedas: o iene (Japão), o won (Coreia do Sul), o dólar de Hong Kong e o yuan (China).
O Banco do Povo da China (PBoC) comandará o projeto. A cesta de moedas seguiria o modelo de direitos de saque especiais (DSE) do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesse modelo, a moeda de cada país recebe um peso diferente, com base no tamanho de sua economia.
Inegavelmente, a proposta se assemelha à visão original da Libra do Facebook. A moeda surgiu como uma stablecoin baseada em uma cesta de moedas fiduciárias. No entanto, a Libra abandonou esses planos e agora apoiará tokens individuais.
Segundo seus defensores, a nova stablecoin ajudaria a facilitar o comércio entre os quatro países, o que será essencial para a recuperação econômica na região após o coronavírus. Além disso, ela pretende melhorar os serviços de liquidação e compensação transfronteiriças, criando uma nova rede de pagamentos e carteira digital para empresas.
Fundo dos EUA envolvido na criação da stablecoin
A proposta foi apresentada por Neil Shen. Shen é sócio fundador e gerente da Sequoia China e membro da câmara alta da China. Ele apresentou a proposta aos legisladores chineses durante as Duas Sessões, maior reunião política anual do país.
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Além de Shen, outros nove conselheiros, que também são membros da câmara alta, assinaram a proposta. São Kennedy Wong, advogado do Supremo Tribunal de Hong Kong; o ex-secretário-chefe de Hong Kong, Henry Tang; e o bilionário chinês Songqiao Zhang, de Hong Kong.
A Sequoia Capital, com sede na Califórnia, controladora da Sequoia China, é uma das poucas grandes empresas de capital de risco que se aventuraram no mercado de criptoativos. Ela investiu US$ 10 milhões (R$ 56 milhões) no Huobi Group, grupo controlador da exchange Huobi, quando estava sediada na China em 2014. Atualmente, o Huobi Group está sediado em Cingapura.
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