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Maduro diz que companhias aéreas devem pagar combustível em Petro

A adoção da criptomoeda venezuelana, o Petro, segue sendo um desafio para o presidente Nicolás Maduro. Na última terça-feira, dia 14 de janeiro, o líder da Venezuela anunciou que a partir de agora as companhias aéreas que partirem da capital venezuelana, Caracas, com destinos internacionais devem pagar seu combustível em Petro. 

De acordo com a agência de notícias francesa AFP, Maduro decretou que a petroleira estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela, SA) fature seu combustível na criptomoeda do país. Durante sua prestação de contas anual, sem dar maiores detalhes sobre como essa comercialização será feita, o presidente afirmou:

“Decreto a venda em Petros, a partir deste momento, de toda a gasolina que a PDVSA vende para aviões que cobrem as rotas internacionais.”

Maduro tampouco explicou se essa medida se aplica somente às empresas venezuelanas ou se serão estendidas às companhias internacionais que operam na região, como a Air France, a Iberia e a TAP de Portugal.

Além disso, Maduro também decretou o uso obrigatório do Petro para diversos serviço do estado, como por exemplo a emissão de documentos, inclusive passaportes, e o registro de venda de imóveis e veículos. 

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A medida parece não ter agradado os venezuelanos, que criticaram a ação no Twitter temendo um isolamento ainda maior do país. 

“As poucas companhias aéreas que ainda estão agravadas para viajar para uma prisão chamada Venezuela vão terminar. Ninguém vai receber essa chantagem… Obviamente, é de propósito”, publicou um dos usuários.

Outro venezuelano expressou a mesma preocupação:

“Fechando novamente as portas da Venezuela para o mundo… Aviões irão à Colômbia ou às ilhas do Caribe para colocar combustível em dólares. É triste que esse governo nos isole mais a cada dia.”

Petro é uma farsa?

Embora Maduro esteja adotando medidas que visam expandir a adoção do ativo entre os venezuelanos, o Petro (que vale cerca de US$60) não está listado em nenhuma exchange. Além disso é considerado uma farsa por sites de classificação de risco como o Baserank (antigo ICOindex).

Leia também: Banco Central da Venezuela é acusado de não trocar Petro de comerciantes por Bolívares

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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