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Líder de desenvolvimento afirma que criptomoeda chinesa superará a Libra do Facebook

O governo da China anunciou na última sexta-feira, 06 de setembro, o novo nome que assumiu recentemente o papel de líder no Instituto de Pesquisa de Moedas Digitais. E o novo chefe já trouxe uma declaração na qual desafia a criptomoeda do Facebook, a Libra.

De acordo com o Shanghai Securities News, Changchun Mu – anteriormente vice-diretor da divisão de pagamentos e liquidação do Banco Popular da China (PBoC) – afirmou que a criptomoeda que será lançada pelo governo chinês possui recursos que não são oferecidos pela Libra.

Recentemente, Mu publicou mais detalhes sobre a moeda digital do PBoC – cujo desenvolvimento está sendo conduzido em um escritório secreto fora da sede do banco, em Pequim – e descreveu a criptomoeda como uma moeda digital e uma ferramenta de pagamento eletrônico com “características de valor”.

“Seus atributos funcionais são exatamente os mesmos que o papel-moeda, mas é apenas um formato digital”, disse Mu.

Libra versus China

No entanto, o mais notável foi a exposição de alguns dos aspectos técnicos da moeda digital e a comparação com a Libra do Facebook.

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O “yuan digital” do PBoC poderá ser transferido entre usuários sem a necessidade de possuir uma conta e sem uma rede móvel ou conexão com a internet, afirmou o líder. Desde que o telefone celular de um usuário tenha uma carteira, a moeda pode ser transferida para outra pessoa colocando os dois telefones em contato físico, provavelmente devido à tecnologia de comunicação por campo de proximidade (NFC).

“Mesmo a Libra não pode fazer isso”, afirmou Mu.

Mu também afirmou que a moeda digital do PBoC não precisa de uma conta bancária para ser usada e está “livre do controle do sistema tradicional de contas bancárias”. Ele sugeriu ainda que ela permite aos usuários preservarem sua privacidade ao usar o sistema – algo questionável quando se analisa o histórico chinês de desrespeito à privacidade dos seus cidadãos.

No entanto, a moeda será entregue através de bancos comerciais como moeda fiduciária. Os bancos devem abrir contas no banco central e comprar o token pelo valor de 100% – ou seja, sem desconto. Depois disso, os usuários podem abrir carteiras digitais para usar a moeda digital por meio de bancos ou organizações comerciais.

Segundo o relatório, Mu acrescentou que a principal razão para o desenvolvimento da moeda digital é “planejar com antecedência” e proteger a soberania monetária e a moeda legal da China. Isso pode indicar que o advento da Libra, bem como a guerra comercial com os Estados Unidos, estão por trás da súbita pressa do banco central em finalizar o projeto.

O ex-governador do Banco Popular da China (PBoC) Zhou Xiaochuan disse em julho que a “Libra introduziu um conceito que impactará o sistema tradicional de negócios e pagamentos transfronteiriços”. Por isso, a China deve “fazer bons preparativos e tornar o yuan chinês uma moeda mais forte”.

O PBoC anunciou em agosto que a criptomoeda já está pronta, conforme relatou o CriptoFácil na ocasião.

Leia também: Libra do Facebook se consolida entre os assuntos mais comentados na China

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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