Economia

Indonésia planeja lançar exchange de criptomoedas nacional

Enquanto as atenções se voltam para as exchanges de criptomoedas centralizadas após o colapso da FTX, há países que estão pensando em lançar as suas próprias plataformas de negociação de ativos digitais.

Este é o caso da Indonésia que, segundo uma reportagem da Bloomberg, está planejando lançar uma corretora de cripto nacional.

A ideia é que o produto chegue junto com uma reforma mais ampla do setor financeiro do país do Sudeste Asiático. Além disso, o lançamento deve ocorrer antes de o país transferir os poderes regulatórios sobre os ativos digitais da Agência Reguladora de Comércio de Futuros de Commodities da Indonésia, a Bappebti, para a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, na sigla em inglês).

Criptomoedas são investimento

Conforme destacou Didid Noordiatmoko, chefe interino da Bappebti, nesta quarta-feira, atualmente, os criptoativos estão sob o “guarda-chuva” da Bappebti.
A negociação desses ativos ocorre juntamente com contratos de commodities. Mas, nos próximos dois anos, a FSA assumirá a supervisão dos ativos digitais. A mudança faz parte de uma reforma mais ampla do setor financeiro do país.

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De acordo com Suminto Sastrosuwito, chefe de Financiamento e Gestão de Risco do Ministério das Finanças da Indonésia, a migração se dará em razão de os criptoativos serem entendidos como ativos de investimento:

“Na verdade, os criptoativos se tornaram instrumentos financeiros e de investimento. Então, eles precisam ser regulados em igualdade de condições com outros instrumentos financeiros e de investimento”, disse ele.

Criptomoedas na Indonésia

Vale destacar que, desde 2017, as criptomoedas são proibidas como método de pagamento da Indonésia. No entanto, é possível negociá-las no país livremente.

Na verdade, a Indonésia é um dos países que lideram a adoção global de cripto ao lado do Brasil. De acordo com um relatório publicado pela exchange Gemini em abril do ano passado, cerca de 41% dos indonésios possuem criptomoedas em seu portfólio; percentual maior que o dos Estados Unidos, do Reino Unido e de Hong Kong, por exemplo. Estima-se que a Indonésia tenha mais de 6 milhões de investidores em cripto.

Segundo o relatório, pessoas de nações que viveram uma crise econômica significativa nos últimos meses estão muito mais inclinadas a comprar moedas digitais. No caso da Indonésia, esta tese é, de fato, consolidada. Isso porque 64% dos indonésios acreditam nesse conceito.

Além disso, o país também está planejando lançar a sua moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês). Em novembro do ano passado, o banco central do país lançou um white paper sobre a “rupia digital”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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