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Incerteza regulatória faz grandes investidores evitarem criptoativos, aponta pesquisa

Os serviços de criptoativos voltados para investidores institucionais, como CME e Bakkt, cresceram fortemente nos últimos anos. Todavia, esses investidores ainda não estão em peso no mercado.

De acordo com uma pesquisa recente da The Block Research, a incerteza regulatória está impedindo que gestores de ativos tradicionais entrem no espaço de criptoativos.

A pesquisa contou com 38 entrevistas de profissionais que trabalham predominantemente no setor de criptoativos. A lista de participantes inclui formadores de mercado, exchanges, provedores de custódia e traders.

“Mais de 53% dos entrevistados acreditam que a incerteza regulatória impede que os gerentes tradicionais de ativos entrem no setor. Muitos deles citam que o status legal de muitos criptoativos permanece incerto”, afirmou Steve Zheng, do The Block Research.

Mandatos restritos afastam grandes fundos

Ao contrário dos criptoativos, os mercados tradicionais possuem uma série de restrições. Por exemplo, muitos fundos só podem investir em ativos de menor risco ou que sejam regulamentados, o que restringe suas possibilidades.

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“O principal impeditivo para os gerentes de ativos está nos seus mandatos. Fundos como a Blackrock não têm o poder de expandir seu mandato para investir em Bitcoin. Esses fundos têm um mandato bastante restrito e não podem fugir dele”, afirmou Max Boonen , diretor e co-fundador do B2C2.

Outros riscos citados incluem o desenvolvimento da infraestrutura e o tamanho geral do mercado. Tais aspectos foram destacados como dificuldades por  47% e 32% dos participantes, respectivamente.

“Quanto ao que a indústria pode fazer para melhorar suas chances de atrair participantes institucionais, muitos citaram a clareza regulatória de órgãos de fiscalização como a CFTC e o lançamento de produtos regulamentados de criptoativos, como um ETF de Bitcoin”, observou a pesquisa.

ETFs e futuros podem mudar indústria

Os contratos futuros estão em pleno desenvolvimento, mas a possibilidade de um ETF de Bitcoin parece mais distante. Em janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) rejeitou a última proposta de um ETF que estava em aberto.

Desde então, a pandemia de Covid-19 e a atual crise econômica deixaram o assunto em segundo plano.

Um ETF seria importante pois abriria o mercado de Bitcoin para mais investidores. Como não possuem restrições, os ETFs são mais abertos e podem servir como uma forma segura e prática de exposição ao criptoativo.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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