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Ibovespa cai 2,48% em agosto: Confira as maiores valorizações e desvalorizações

As pressões políticas e o risco fiscal tiveram impacto negativo no índice Ibovespa. Apesar do aumento nos números de vacinação, o índice registrou queda de 2,48% em agosto. Contudo, a queda ainda foi menor do que a registrada em julho, quando o índice caiu 3,94%.

Em relação à B3 como um todo, muitas ações destoaram do índice e registraram fortes altas em agosto. As cinco principais valorizações do mês foram: Embraer (EMBR3 +25,12%), CPFL Energia (CPFE3 +14,93%), Braskem (BRKM5 +13,71%), Suzano (SUZB3 +13,08%) e Cemig (CMIG4 +12,23%).

Por outro lado, as maiores quedas vieram de empresas dos setores varejo e commodities. As cinco maiores foram: Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3 -23,26%), Qualicorp (QUAL3 -17,94%), Ultrapar (UGPA3 -17,54%), Via (VIIA3 -17,39%) e Lojas Americanas (LAME4 -16,93%).

Setores defensivos ganharam destaque

A incerteza econômica, aliada com o risco fiscal, impulsionou a busca por papéis mais defensivos. De acordo com os analistas, estas ações são vistas pelos investidores como proteções em momentos de crise, como o vivido atualmente pela economia brasileira.

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Os setores perenes, como o setor elétrico, ou aqueles que possuem receitas em dólar, costumam se beneficiar nessas horas. Para Gustavo Akamini, da Constância Investimentos, essas empresas também possuem uma série de outras vantagens.

“Esses são papéis que, em um período de maior volatilidade, as pessoas começam a olhar com um pouco mais de segurança. Isso acontece por conta de alguns fatores como a força do domínio no setor e maior previsibilidade dos resultados”, disse ao Estadão

Por exemplo, a Embraer reportou um lucro líquido de R$ 438 milhões no segundo trimestre. Grande parte deste lucro veio da valorização do câmbio, pois a receita da empresa é majoritariamente dolarizada. No acumulado de 2021, as ações já registram 162% de alta.

Varejo e commodities efeitos da pandemia

Por outro lado, as empresas que mais sofreram na bolsa foram vítimas de conjunturas negativas, seja no mercado interno quanto no externo. Os setores de commodities e varejo, respectivamente, foram os mais afetados nesses aspectos.

Nas commodities, o minério de ferro registrou fortes quedas em agosto. Os preços chegaram a cair 12% em 19 de agosto e atingiram o menor patamar desde novembro de 2020. Isso ocorreu devido a pressões do governo da China contra os mineradores de ferro, assim como ocorreu na mineração de Bitcoin (BTC).

O problema é que o gigante asiático é um dos maiores compradores de minério de ferro do Brasil. Como resultado, a medida prejudicou as ações de companhias brasileiras que atuam no setor. Empresas como Vale, Usiminas e CSN foram particularmente afetadas, mas esta última registrou a maior queda de agosto, com quase 24% de perdas.

Do lado do varejo, há um curioso paradoxo: a reabertura da economia por causa da expansão da cobertura vacinal. Com as empresas reabrindo, aquelas que tiveram forte desempenho por causa do e-commerce começam a devolver seus ganhos. É o caso da Via, antiga Via Varejo, cujas ações caíram 17,39%.

No acumulado do ano, o desempenho é ainda pior, visto que a empresa acumula perdas de 35,64% em 2021.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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