Procuradores dos Estados Unidos desmantelou um esquema Ponzi com Bitcoin que desviou US$ 6,5 milhões (R$ 21 milhões) de investidores.
O processo foi arquivado em 29 de julho na Corte do Distrito de Columbia. A região é a mesma onde se localiza a capital dos EUA.
No processo, os procuradores pediram o confisco de bens dos administradores do esquema, intitulado Banana.Fund’s.
Segundo o caso, o administrador do esquema Banana.Fund começou ainda durante a alta histórica do Bitcoin, no final de 2017.
O esquema funcionou bem durante o período de boom. Entretanto, a forte correção dos meses seguintes levou o Banana.Fund a ter dificuldades.
Posteriormente, o administrador admitiu aos investidores que seu projeto havia fracassado.
Inicialmente, ele prometeu devolver US$ 1,7 milhão (R$ 8,5 milhões) aos investidores lesados. No entanto, a promessa não foi cumprida.
O operador então adotou um esquema de lavagem de dinheiro, que foi utilizado para fazer os reembolsos aos clientes.
O esquema resultou na apreensão, que foi realizada pelo Serviço Secreto dos EUA (USSS).
No total, foram apreendidos US$ 6,5 milhões (R$ 21 milhões). A quantia estava dividida entre 482 Bitcoins e 1.7 milhão de Tether (USDT).
A ação dos procuradores visa conceder ao governo federal a propriedade formal dos ativos para que eles possam ser devolvidos às vítimas.
O processo não identificou o operador do Banana.Fund.
Mas várias vítimas do suposto golpe, assim como documentos do processo, dão indicações de quem ele pode ser.
Alguns deles indicam que o esquema era administrado por um cidadão britânico chamado Richard Matthew John O’Neill. Na internet, ele seria conhecido como “Jo Cook”.
Uma das vítimas, Mike Koenen, disse que desde pelo menos maio de 2018 ele pressionava o Serviço Secreto a investigar o Banana.Fund e O´Neill.
Nem O’Neill nem o Departamento de Justiça comentaram sobre o caso.
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