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Foragida, esposa de Glaidson da GAS é quem coordena trades da empresa, revela polícia

Foragida e procurada pela Interpol, a esposa de Glaidson Acácio dos Santos, preso há duas semanas, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa é que coordena os traders da GAS Consultoria Bitcoin.

A empresa é apontada como um dos maiores esquemas de pirâmide financeira do país. Segundo as investigações, Glaidson movimentou R$ 38 bilhões com o esquema.

De acordo com a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), é Mirelis a responsável pelas operações da GAS.

A esposa de Glaidson conseguiu fugir para os Estados Unidos antes da operação que culminou com a prisão do ex-garçom.

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“Na investigação [concluímos que] é ela que coordena os trades. Nos contratos, eles passam para os clientes que é a Mirelis Zerpa que comanda os investimentos”, afirmou o delegado Leonardo Borges Mendes, titular da DCOC-LD, segundo o Extra.

O delegado ressaltou também que o esquema vai gerar uma “enxurrada de registros de estelionato em todo o Brasil”.

GAS operava como pirâmide, diz investigação

As conclusões mencionadas estão no relatório final do caso encaminhado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. 

No documento, os investigadores pedem que Glaidson, Mirelis e outras 14 pessoas sejam indiciadas. As acusações são de: organização criminosa, lavagem de dinheiro, crime contra relação de consumo e contra a economia popular.

Consta ainda no relatório de 108 páginas que:

“[GAS] recruta massiva quantidade de dinheiro de clientes que são levados a erro, pois acreditam que estão corretando Bitcoin. Mas, que na verdade, são remunerados com pagamentos de dinheiro de novos contratos, criando uma pirâmide insustentável”.

Conforme destacou o delegado Leonardo Borges, o lucro obtido pela empresa é resultado de um esquema de pirâmide. 

No caso, as pessoas são estimuladas a fazer novos aportes com frequência, reinvestindo os rendimentos recebidos.

“A maior parte desse dinheiro sai das contas da GAS e fica na conta do Glaidson, da Mirelis, da Tunay (Pereira Lima), do Vicente (Gadelha Rocha Neto), dentre outros integrantes da organização criminosa”, detalhou Borges.

Ainda segundo as investigações, Vicente Neto era sócio de uma empresa que recebeu cerca de R$ 28 milhões da GAS. Além disso, ele teria mais de R$ 20 milhões em criptomoedas.

Glaidson tinha conta na Binance

No contrato enviado aos clientes, a GAS afirma que os investimentos em criptomoedas são feitos na maior exchange do mundo.

Contudo, ao entrarem em contato com a Binance, os investigadores descobriram que a GAS nunca teve conta na plataforma.

“Oficiamos a Binance, e nos informaram que a GAS Consultoria nunca teve conta lá. O principal líder dessa organização (Glaidson) abriu uma conta pessoal e fez um aporte só de Bitcoins em quantia superior a R$ 1,2 bilhão. Sabemos que passaram por essa conta 4.600 Bitcoins”, destacou o delegado.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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