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Exigência por pagamento em Petro faz compradores de petróleo venezuelano recuarem

Ao menos 1 milhão de barris de petróleo tiveram sua exportação suspensa depois que o governo venezuelano de Nicolás Maduro decretou que as taxas portuárias, antes pagas em euro, passassem a ser faturadas em Petros, a criptomoeda nacional. 

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, que publicou uma matéria sobre o caso nesta sexta-feira, 17 de janeiro, normalmente, os compradores de petróleo usam agências de navegação baseadas na Venezuela para pagar as taxas portuárias das exportações. Por isso, depois do novo decreto de Maduro, os compradores do petróleo da Venezuela interromperam suas compras temendo uma violação das sanções impostas ao país por parte dos Estados Unidos. Isso porque o país norte-americano já atacou a criptomoeda de Maduro, chamando-a de “farsa”. 

Sobre o Petro

O Petro é a criptomoeda venezuelana baseada nas reservas de petróleo do país, uma das maiores do mundo. O ativo foi lançado pelo governo Maduro em 2017, como uma tentativa de reduzir a dependência do país de moedas estrangeiras, bem como contornar as sanções econômicas dos EUA que removeram a Venezuela dos mercados internacionais de capitais. Maduro também vê o Petro como uma maneira dos venezuelanos fugirem da hiperinflação que assola a moeda nacional, o Bolívar. 

Maduro segue anunciando medidas para incentivar a adoção do Petro, conforme vem relatando o CriptoFácil. Além do pagamento de taxas como ativo digital, o presidente fez outros decretos importantes na última semana.

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Seu governo ordenou o cumprimento obrigatório e imediato da venda de 4,5 milhões de barris de petróleo em Petros por parte da empresa estatal PDVSA. Além disso, declarou que as companhias aéreas que partirem da capital venezuelana, Caracas, com destinos internacionais devem pagar seu combustível em Petro. 

As exportações do petróleo venezuelano se recuperaram em dezembro de 2019, ultrapassando a marca de 1 milhão de barris por dia, o que não acontecia desde fevereiro de 2019. A nova medida do governo, no entanto, podem fazer frear esse progresso e isolar ainda mais o país.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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