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Andrea Zanon, ex-consultor do Banco Mundial e figura associada ao ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, foi preso na Espanha por suposto envolvimento em um esquema de criptomoedas, revelou a EuropaPress.
A Guarda Civil espanhola deteve Zanon em Barcelona, onde se preparava para voar para a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas nos Emirados Árabes Unidos.
O juiz Joaquín Gadea ordenou sua prisão sob fiança, acusando-o de liderar um esquema de pirâmide pela plataforma de investimento em criptomoedas Nimbus. As acusações incluem fraude agravada, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Investigações apontam Zanon como o principal promotor da Nimbus em seu início, em 2020. Ele teria se desvinculado da empresa após promover a plataforma como uma figura confiável, mas evidências sugerem sua participação administrativa.
Gadea afirma que Zanon, ex-responsável pela área de Risco do Banco Mundial, usou sua experiência para atrair investidores e depois se desligou, apagando os rastros da conexão com a empresa.
O juiz ressalta que Zanon possui uma rede de empresas em diferentes países, como Espanha, Panamá e EUA, associadas ao esquema.
Zanon negou as acusações durante a audiência, afirmando que seu papel foi apenas promocional no início e que não participou da administração do esquema.
O projeto Nimbus, sediado em Malta, prometia negociação de Bitcoin “sem risco” e retornos mensais de 7% a 15%. O Tribunal Nacional da Espanha iniciou investigações em abril de 2022 após investidores reclamarem de falta de lucros e dificuldades de acesso à plataforma.
Estima-se que a Nimbus tenha operado um esquema de pirâmide superior a 130 milhões de euros, afetando cerca de 4.000 pessoas. Esta situação reflete características comuns de golpes envolvendo criptomoedas.
A prisão de Zanon destaca um alerta sobre os perigos potenciais associados a esquemas de criptomoedas e reforça a necessidade de vigilância ainda maior no bull market que começou em 2023.
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