Tecnologia

Ethereum: o que esperar após The Merge e Shapella?

O Ethereum (ETH) passou recentemente por mais uma atualização, a Shapella, que entre outros pontos, liberou a retirada de Ethereum em staking. Porém, antes deste hark fork, o The Merge atraiu a atenção de todo o mercado e mudou o consenso do ETH de Proof-of-Work (PoW) para Proof-of-stake (Pos).

Agora, depois destas ativações realizadas com sucesso, os desenvolvedores discutem o futuro do Ethereum. Afinal, o protocolo ainda enfrenta desafios como falta de escalabilidade, ineficiência de capital e centralização de validadores de blocos.

O futuro de curto prazo do Ethereum tem três iniciativas principais de forks para 2023: o hard fork EIP-4844 Cancun, a tecnologia de validador distribuído e a separação proponente e construtor.

O EIP-4844 Cancun é o próximo grande hard fork do Ethereum e visa resolver o problema de escalabilidade. Atualmente, os rollups ajudam a escalar a rede, mas são uma solução temporária e ainda caros e lentos.

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A Cancun inclui  atualização conhecida como proto-danksharding que pretende melhorar a velocidade e o custo do uso do rollups. Para isso, a atualização vai dividir a rede blockchain em diferentes bancos de dados, aumentando assim o espaço para milhões de transações.

Essa divisão é chamada de “sharding”. Espera-se que o proto-danksharding seja concluído entre o terceiro e o quarto trimestre de 2023.

Futuro do Ethereum

Enquanto isso, a tecnologia de validador distribuído (DVT) busca simplificar a verificação do nó sem sacrificar a descentralização. Na prática, permite que um grupo de pessoas compartilhe uma única chave privada e execute “validadores distribuídos” juntos.

Isso diminui a barreira financeira para a participação de indivíduos ou pequenas DAOs como validadores do Ethereum. Ao mesmo tempo, reduz a concentração do mercado de staking de ETH. A DVT pode estar disponível no terceiro trimestre de 2023.

Por fim, para combater a centralização na camada de protocolo Ethereum, a separação proponente-construtor visa criar uma divisão de trabalho entre as duas tarefas principais da construção de blocos: propor e construir blocos.

Essa separação priva os validadores de bloco da capacidade de distinguir transações individuais, mitigando assim os ataques de valor máximo extraível (MEV). Mas a PBS provavelmente estará pronta somente em 2025.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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